A Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira (18/09/2017) a investigação sobre a acusação feita por uma paciente que denunciou um ginecologista de estupro, em Montes Claros, no Norte de Minas. O caso ocorreu há um mês; na ocasião, o médico de 41 anos chegou a ser levado para a delegacia de plantão.
De acordo com a delegada Karine Costa Maia, o médico foi indiciado pelo estupro desta paciente. “Os exames não afirmaram nem descartaram se houve o abuso. Como é muito comum em crimes desta natureza. Porém, nós nos baseamos em mínimos detalhes fornecidos pela vítima e em depoimentos durante o inquérito”. Ele voltou a ser ouvido, na Delegacia da Mulher, no dia 25 de agosto.
A delegada explica que o fato da vítima ter se higienizado várias vezes após o abuso e ainda a demora em denunciar o caso “influenciou nos exames de corpo delito”. Mesmo com o indiciamento, o médico irá responder o processo em liberdade. “Eu não tinha motivos para pedir prisão cautelar. Ele colaborou com a investigação e compareceu a todos os depoimentos”, conclui a delegada.
O advogado Éder Martins Junior, que defende o médico no caso, afirma que não foi notificado sobre a conclusão do inquérito, mas diz não ter se surpreendido com o indiciamento.
“Não é de se assustar com esta situação, uma vez que o caso foi conduzido por uma Delegacia de Proteção à Mulher. Era de se esperar que ele fosse ser indiciado, mas estamos tranquilos quanto a esta situação. Mesmo se o caso foi aceito pelo Ministério Público, que também pode ser arquivado, nós iremos provar que ele é que é a vítima em toda esta história”.
Entenda o caso
Segundo a paciente, o abuso ocorreu na manhã do dia 18 de agosto, quando a mulher foi ao consultório para um atendimento. Ela afirma que em determinado momento ficaram somente os dois em uma sala, quando o médico começou a acariciá-la e a praticar sexo oral. A mulher afirma que pediu para o ginecologista parar, mas ele insistiu na ação, chegando a praticar ato sexual forçado com a vítima.
No relato à Polícia Militar, a vítima alegou que alguns anos antes, o mesmo médico já havia tentado praticar os abusos. Após a denúncia à polícia, militares foram até a residência do ginecologista, que foi detido para esclarecimentos. Na delegacia, o médico alegou que a mulher é sua paciente há cinco anos e que não houve qualquer tipo de abuso.
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(Fonte: G1 Grande Minas)