A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (12/06/2017) a Operação Constrição com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que realizava fraudes na Previdência Social. O grupo atuava no norte de Minas Gerais e há servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) envolvidos.
Foram cumpridas 22 ordens judiciais, incluindo dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e sete de condução coercitiva. Também foram realizadas buscas em endereços ligados à organização.
De acordo com as investigações, os integrantes do grupo obtinham vantagem indevida ao fraudar a concessão de benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias por idade de moradores da área rural. Em troca, eles recebiam o pagamento de valores obtidos através de empréstimos consignados contratados em nome dos beneficiários do esquema.
Segundo a PF, o prejuízo causado até março de 2017 foi de R$ 902,9 mil, sendo R$ 486,4 mil na concessão dos benefícios fraudados e R$ 416,5 mil na contratação dos empréstimos consignados. Esses valores dizem respeito a 49 casos já analisados de quase uma centena em investigação. Considerando a expectativa de vida dos beneficiários do esquema, a PF estima que o prejuízo a longo prazo poderia chegar a R$ 13 milhões.
Os investigados serão indiciados por estelionato, falsidade ideológica, organização criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informações. Se condenados, os acusados podem ter penas que ultrapassem 30 anos de prisão.
NOME DA OPERAÇÃO
O nome da operação é uma referência à necessidade de que se aperte cada vez mais o cerco aos desvios de recursos previdenciários, estancando a sangria promovida pela corrupção, principalmente no contexto atual de reformas e escassez de recursos tão essenciais à melhoria de vida população.
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(Com informações da Agência Brasil e Polícia Federal)