Meu filho adolescente está dando muito trabalho, como lidar com essa situação? – Coluna Nilberto Antônio

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Caro leitor, no texto de hoje irei discutir um pouco sobre um tema que aflige muitos pais: a relação conflituosa com os filhos adolescentes.

Sabemos que educar os filhos não é tarefa fácil. A experiência mostra que essa tarefa torna-se ainda mais árdua quando os filhos entram na adolescência. Mesmo pai e filho que se amam fervorosamente não conseguem escapar das divergências e dos conflitos que surgem vez ou outra no relacionamento entre ambos, sobretudo quando chega à adolescência.

No entanto não há razoes para desespero. O conflito eventual ou pontual é mais do que compreensível e natural nesse caso. Afinal de contas, adolescentes e adultos vêm o mundo de modo diferente, logo é esperado que surgissem conflitos. Pergunto a você pai/mãe já se esqueceu de que foi adolescente um dia, e que provavelmente a relação com seus pais também foi marcada por conflitos.

Sabendo das dificuldades que muitos pais enfrentam na relação com filhos adolescentes, apresentarei algumas dicas de como evitar conflitos, tornando a convivência mais harmônica e saudável possível. Mas fique atento: se o problema se estender por muito tempo ou fugir do seu controle, procure ajuda de um especialista, como um psicólogo.

Seu filho cresceu!

O primeiro passo para uma boa convivência é entender que o filho cresceu. Nada irrita tanto um adolescente do que ser tratado como criança. Compreender isso é um avanço e tanto.

Diálogo e a palavra-chave

Estar aberto a ouvir e entender o ponto de vista dos filhos pode evitar ou minimizar muitos conflitos nessa fase. A falta de diálogo distancia os jovens e é uma das principais causas das dores de cabeça dos pais.

Nem tanto os pais nem tanto os filhos

Grande parte na relação entre pais e filhos adolescentes baseia-se numa espécie de luta pelo poder. Agir de maneira autoritária, portanto, não e apropriado para os pais. No entanto, a permissividade (em que os pais deixam os filhos decidirem e fazerem o que quiserem) também não é o caminho. O ideal para estabelecer limites é a negociação. Ou seja, os pais e filhos devem buscar juntos uma solução conciliatória, na qual ambos são ouvidos em suas necessidades, mas também devem estar dispostos a ceder.

Liberdade com responsabilidade

Em vez de proibir seu filho de fazer algo, procure expor sua opinião a respeito e, principalmente, demonstrar as consequências de certos atos e comportamentos, com base na sua experiência. Dessa forma, os pais se colocam na posição de “parceiros” do filho e faz com que o jovem reflita sobre suas atitudes. Cabe a ressalva que os pais devem ser parceiros dos filhos, no entanto a relação hierárquica deve ser mantida, evitando que as relações se confundam e os pais percam o lugar de uma figura que representa a lei.

Participe mais do mundo dele

Mesmo com todas as atribuições que a vida lhe impõe, seja um pai/mãe presente. Coloque-se sempre a disposição para conversar ou ajudar seu filho em alguma necessidade ou indecisão que ele apresente. Participar de alguma atividade que ele gosta (esportes, academia, passeios, cinema, shows) é uma excelente maneira de estar próximo. Demonstrar interesse pelo universo dele, como os amigos, o ambiente na escola ou estilo de musica preferido, também pode ajudar bastante.

Mais que um pai/mãe, seja um parceiro (a)

Jamais coloque-se na relação com seu filho (a) como um tirano. Mostre a eles que você tem fraquezas, duvidas e inseguranças, ou seja, que você também é humano como ele, apenas um pouco mais experiente. Isso contribuirá para criar uma relação de confiança mais solida, evitando atritos e o afastamento do adolescente dos pais.

E lembrem-se o adolescente está descobrindo o mundo, afoito para vivenciar novas experiências. É esperado e saudável que isso ocorra, que se relacionem com pessoas da mesma idade, que queiram ir à festas, experimentar coisas novas. Mas e também nessa fase o jovem enfrenta diversos de conflitos, dentre eles destacam-se: as transformações do corpo, a insegurança em relação aos pares, a necessidade de se firmar em um grupo, entre outras. Sendo assim, o adolescente precisa de apoio, ser escutado e não rechaçado o tempo inteiro, o que não quer dizer que os pais devem “passar a mão na cabeça” dos filhos, mas devem saber ouvi-los e apoia-los em suas necessidades, sendo firmes quando for preciso, maleáveis quando possível.

Nilberto Antônio

Nilberto Antônio Gonçalves, psicólogo clínico com ênfase em atendimento de crianças especiais. Trabalha com Orientação Profissional. Psicólogo do Projeto Responsabilidade na Infância e Adolescência – RIA do Centro Social Mali Martin. Atua voluntariamente na Associação Amar e Renascer – Aamar (Instituição para tratamento de dependentes químicos) de Itamarandiba.

Facebook: Nilberto Antônio
Instagram: @nilberto_antonio
E-mail: nilbertog@ymail.com ou nilbertoantonio@bol.com.br
Telefone: (38) 9 9139-6023

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