Servidores da educação deflagram greve em municípios das regiões Norte, Noroeste e Central de Minas

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Servidores das escolas estaduais do Norte, Noroeste e região Central de Minas aderiram a uma greve proposta pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE). Na manhã desta quinta-feira (16), milhares de alunos tiveram as aulas suspensas na região e as escolas tiveram a programação de atividades interrompida. A expectativa do sindicato é de que mais instituições sejam paralisadas a partir desta sexta-feira (17). O protesto tem como pauta principal a reforma da Previdência (PEC 287), além de reivindicações na esfera estadual.

A Superintendência Regional de Ensino, instalada em Montes Claros, informou, por nota, que, das 130 escolas da regional, 55 foram totalmente paralisadas e 75 tiveram parte das atividades interrompidas. Das 3.655 unidades de ensino da rede estadual em todo o estado, segundo a secretaria de Educação, 2.041 informaram a situação sobre a paralisação. São 995 escolas totalmente paralisadas e 1.046 escolas parcialmente paralisadas nesta quinta-feira.

Ações e paralisações

As Escolas Estaduais Antônio Canela, Francisco Sá, Professora Marilda de Oliveira e de Ensino Fundamental e Médio (Cesensa), em Montes Claros, já não tiveram aulas na manhã desta quinta.

O maior colégio estadual da cidade, a Escola Professor Plínio Ribeiro, realizou na manhã desta quinta reuniões com os alunos e comunicou a paralisação a partir desta sexta-feira. Na Escola Estadual Dona Quita Pereira, as aulas aconteceram nesta quinta, mas serão paralisadas também na sexta. A programação do ano letivo foi suspensa por tempo indeterminado, de acordo com a direção das escolas.

Segundo outras superintendências regionais, na região de Unaí houve adesão nas 13 escolas estaduais, mas a quantidade de funcionários em greve não foi divulgada. Em Pirapora, pelo menos nove mil alunos estão sem aula. Em Curvelo, professores de algumas escolas também aderiram à greve, mas não foi informado o número de profissionais e quantas instituições foram paralisadas.

Reivindicações do sindicato

Ainda na quarta-feira (15), o Sind-UTE informou sobre a greve durante manifestações contra a reforma da Previdência, em Montes Claros. De acordo com o coordenador, Geraldo Costa, a paralisação é uma resposta à proposta de reforma da Previdência (PEC 287) e uma cobrança ao Governo de Minas Gerais.

“Somos contra a PEC 287. Todos os servidores da educação vão passar a se aposentar depois dos 70 anos. É um absurdo. A greve começou ontem e vai seguir por tempo indeterminado. Algumas escolas estão se reunindo hoje, outras já comunicaram os alunos em reuniões, então o movimento vai aumentar. É preciso que as pessoas entendam que a reforma não prejudica só a educação, mas todos os trabalhadores”, afirma.

De acordo com o Sind-UTE, os acordos feitos pelo Governo de Minas Gerais com a categoria não foram cumpridos, como o descongelamento da carreira dos profissionais, reajuste do piso salarial e realização de novos concursos.

O que diz a secretaria

Em nota, a secretaria de Estado de Educação disse que considera de fundamental importância a valorização de todas as categorias da educação e alegou que desde o início da gestão do governador Fernando Pimentel já foram nomeados 41.051 servidores, sendo que nesta quarta-feira (15) foi publicada uma nova lista com 1.500 professores. “Também foram publicados 28.015 atos de aposentadoria dos servidores da educação, outro item do acordo”.

Em relação ao piso salarial, a secretaria argumenta que “foi acordado um reajuste de 31,78%, a ser pago até 2018 em três parcelas sob a forma de abono e posteriormente incorporadas ao vencimento básico. Com isso, o vencimento atual pago para professor com jornada de 24 horas semanais é R$ 1.620,62, acrescido dos dois abonos que já estão sendo pagos, totalizando R$ 1.982,54. Em agosto deste ano, haverá um novo abono, que será incorporado aos vencimentos em julho de 2018. Com essas incorporações, os professores receberão como vencimento R$ 2.135,64”.

Ainda segundo a secretaria de Educação, o acordo com a categoria é que em julho de 2018 todos os professores, com carga horária de 24 horas semanais, tenham o valor como vencimento correspondente ao piso nacional.

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(Fonte: G1 Grande Minas)

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