Um gol de cabeça do zagueiro Manoel e uma finalização rasteira do centroavante Ramón Ábila garantiram a vitória do Cruzeiro sobre o Murici-AL, por 2 a 0, nesta quarta-feira, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. A jogada aérea e algumas tabelas foram as soluções encontradas pelo clube celeste, que sentiu muitas dificuldades para trocar passes no gramado do Estádio José Gomes da Costa, em Murici, no interior de Alagoas. Tanto que o Murici, segundo o Footstats, teve 61% de posse de bola – algo pouco comum para um time pequeno contra uma equipe de grande porte.
Apesar de não ter mostrado um futebol de qualidade, o Cruzeiro manteve a invencibilidade em 2017, chegou a 11 vitórias em 12 jogos e abriu vantagem sobre o Murici-AL no mata-mata. As equipes se reencontram na próxima quarta-feira, às 21h45, no Mineirão. A expectativa é que a Raposa jogue melhor num gramado qualificado e diante de seus torcedores.
Antes de pensar novamente na Copa do Brasil, o Cruzeiro terá um clássico pela frente. No domingo, às 16h, o oponente será o América, no Independência. O duelo valerá pela sétima rodada do Campeonato Mineiro, competição em que os comandados de Mano Menezes ocupam a vice-liderança, com 16 pontos.
Cruzeiro venceu o Murici-AL (Foto: Thiago Parmalat / Light Press / Cruzeiro)
O jogo
Com apenas dois titulares poupados – o lateral-esquerdo Diogo Barbosa e o armador Robinho -, o Cruzeiro entrou em campo contra o Murici-AL com o objetivo de encaminhar um placar confortável. Só que o clube celeste esbarrou nas condições ruins do gramado do Estádio José Gomes da Costa e teve dificuldades para criar. O lance mais perigoso ocorreu aos 12min, quando Thiago Neves bateu da entrada da área e exigiu boa defesa do goleiro Dias. No mais, muitos passes errados e escorregões em campo – o próprio Thiago foi “vítima” da grama e tropeçou no momento em que se preparava para dar assistência a Arrascaeta.
Acostumado ao campo, o Murici viu que poderia produzir jogadas importantes e passou a tocar a bola. Quem ditava o ritmo da equipe era Júnior Murici – que já passou pelas divisões de base da Raposa. Aos 28min, o camisa 8 deu bom passe para Deysinho, que ajeitou a bola e chutou forte, exigindo grande defesa de Rafael. Enquanto os alagoanos continuaram tranquilos na etapa inicial e até arrancaram aplausos dos torcedores, o Cruzeiro cometeu equívocos na saída de bola e esteve longe de mostrar o entrosamento dos confrontos anteriores.
O técnico Mano Menezes não mexeu na equipe no intervalo. E na volta para o segundo tempo, o clube celeste continuou inoperante e atacando apenas em lances isolados. Mano, então, acionou dois jogadores: Rafinha e Elber. O segundo, que contou com torcida especial – os familiares viajaram 84 quilômetros de Passo de Camaragibe, sua terra natal, até Murici -, sofreu falta na lateral de campo aos 27min. Esse lance mudou a história da partida. Thiago Neves cruzou fechado em direção à pequena área e encontrou Manoel livre para cabecear firme em direção às redes: 1 a 0.
Mesmo com o 1 a 0, o Cruzeiro só foi ensaiar uma tabela de qualidade na reta final do segundo tempo. E o argentino Ramón Ábila, por vezes rotulado como jogador de pouca mobilidade, desvencilhou-se da marcação adversária e recebeu assistência de Rafinha. Cara a cara com o goleiro Dias, o camisa 9 – que estava em campo há apenas quatro minutos – bateu rasteiro e fechou o placar no interior de Alagoas: 2 a 0.
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(Fonte: Super Esportes/Rafael Arruda)