Em julgamento realizado ontem, 6 de fevereiro de 2017, no Salão do Júri da Comarca de Governador Valadares, um homem que matou a ex-namorada com um tiro no rosto, na cidade de Marilac (região do Rio Doce), foi condenado a 16 anos de reclusão, em regime inicial fechado. O júri foi presidido pelo juiz Éverton Villaron de Souza.
O crime ocorreu em 13 de março de 2015, por volta das 20h30. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Luan Myller Félix de Souza, então com 20 anos, atirou na ex-namorada, Paula Silva Araújo, de 19 anos, pelo fato de não aceitar o fim do namoro entre eles.
No julgamento realizado ontem, o corpo de jurados reconheceu que Luan Myller foi o autor do disparo que matou a jovem e que cometeu o crime por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima – homicídio duplamente qualificado.
Ao proferir a sentença, o juiz destacou que a conduta do réu tinha alto grau de reprovabilidade: “Trata-se de indivíduo penalmente imputável, que agiu livre de influências que pudessem alterar sua potencial capacidade de conhecer a ilicitude de sua conduta e de determinar-se de acordo com ela”, observou.
O magistrado destacou ainda que o motivo do crime foi fútil, de graves consequências e as circunstâncias indicam que o disparo fatal efetuado pelo réu foi de surpresa, acrescentando não haver nos autos “comprovação de que a vítima tenha contribuído para o crime”.
Assim, o magistrado fixou a pena base em 12 anos, aumentando-a em quatro anos, em virtude das duas qualificadoras, ficando a pena final fixada em 16 anos, em regime inicial fechado. Foi negado ao réu o direito de recorrer em liberdade.
Luan Myller foi preso em outubro de 2015 (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
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(Fonte: TJMG)