“Era uma pessoa que vinha na minha casa, me chamava de amiga, alimentava meu sonho e acabou fazendo isso comigo”, conta a costureira Marta Ribeiro Rocha, que foi vítima de uma estelionatária em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Apesar de ser casada no civil há 11 anos, ela e o marido haviam decidido fazer uma cerimônia religiosa em outubro deste ano. O que seria a realização de um antigo sonho virou um grande pesadelo.
Marta e outras quatro noivas, que também contrataram os serviços da promoter, descobriram que estavam sendo roubadas. Apesar dos pagamentos realizados, a mulher não fechou contrato com nenhum fornecedor, como buffet, decoração e local das festas. Ela foi presa em flagrante pela Polícia Civil em Valadares.
Segundo a PC, o prejuízo das cinco vítimas é estimado em R$ 26 mil. Em depoimento, a mulher confessou que teria usado o dinheiro para outros fins, como o pagamento de dívidas pessoais para tirar o nome do SPC e a compra de uma passagem para o exterior, que seria utilizada pelo marido dela; ele não foi preso por não haver provas da participação no crime.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a suspeita não possuía passagens pela polícia. A mulher foi encaminhada para o presídio de Governador Valadares.
Descoberta do crime
A costureira Marta foi a primeira a suspeitar da autora. Por indicação de uma amiga, que é também uma das vítimas, Marta contratou a promoter para realizar o aniversário de 15 anos da filha e também o casamento que seria realizado em outubro deste ano. Foi durante a festa da filha que ela começou a desconfiar da profissional.
“A festa da minha filha foi muito ruim, nada do que ela prometeu. Aí eu já comecei a querer quebrar o contrato, mas ela me pediu desculpas, disse que não ia acontecer de novo e foi me fazendo promessas. Inicialmente eu tinha escolhido um pequeno salão de festas, que era o que eu podia pagar, mas ela me disse que conseguiria fazer o casamento na chácara como eu queria por R$ 9 mil. E eu quis um casamento simples, porque era o que eu tinha condições, mas ela prometeu casamento com boate, cerimonial e tudo mais para as outras noivas por R$ 12 mil”, relembra a costureira.
O alerta definitivo contra a suspeita veio por parte de um dos garçons que trabalhou na festa de 15 anos da filha de Marta. Ele a procurou para dizer que não havia sido pago e que ela deveria suspender os pagamentos à promoter. Como não tinha provas, Marta foi atrás dos fornecedores e descobriu que nada havia sido contratado.
“Eu chamei minha amiga, que também havia contratado ela, e falei que tinha algo errado. Pelas redes sociais nós conseguimos contato com outras noivas e viemos à delegacia. Apesar de tudo, a minha ficha ainda não caiu totalmente. Vou ter que cancelar o casamento, porque já tinha pagado R$ 4 mil para ela e descobri que ela embolsou esse dinheiro. Além disso, também vou ter prejuízo dos outros serviços que eu havia contratado sozinha, como o salão, o fotógrafo e a filmagem”, lamenta.
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(Fonte: G1 dos Vales)