O delegado Marcelo Freitas, chefe da Delegacia de Polícia Federal (PF) em Montes Claros e que coordenou a Operação Embuste, pediu a prisão preventiva de Rodrigo Ferreira Viana, Aurimar Rodrigues Froes, Jonathan Galdino dos Santos e Arnon Kelson da Silva. Os quatro são apontados como líderes do esquema de fraudes no Exame Nacional do Ensino Médico (ENEM) 2016 e em outros vestibulares, desarticulado no último domingo (6/11).
De acordo com a PF, a prisão temporária dos investigados vence nesta quinta-feira (10/11), mas as provas levantadas durante a operação comprovam a necessidade de mantê-los presos. Os envolvidos devem ser ouvidos ainda hoje pelo Juiz Marco Fratezzi Gonçalves, da 3ª Vara Federal de Montes Claros, que preside o processo.
A Polícia Federal também investigará um suposto vazamento do tema da redação do Enem para estudantes de uma escola particular em Montes Claros.
Vítima de câncer impressionou policiais
Agentes federais, que cumpriram os mandados da Operação Embuste, ficaram impressionados com a frieza de uma estudante presa em flagrante por fraude na prova do Enem. No último domingo, uma acadêmica de enfermagem na Funorte, em Montes Claros, foi flagrada com o aparelho eletrônico, usado pela quadrilha para transmissão do gabarito, montado sobre a mama extraída por causa de um câncer. Ela buscava uma vaga em medicina.