Bombeiros resgatam corpo de menino que morreu afogado no Rio Jequitinhonha, em Itinga

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A dona de casa Andréia Siqueira de Jesus Brito, de 33 anos, residente em Itinga, no Vale do Jequitinhonha, não tem palavras para expressar a dor, tristeza e revolta, pela perda do filho caçula, Wesley de Jesus, de apenas nove anos.

O menino saiu de casa no sábado (5), com o pai, que o levou para tomar banho no Rio Jequitinhonha, na Comunidade de Jenipapo, a cerca de 10 km do Centro da cidade. A criança, de acordo com o pai, acabou se afogando. O corpo foi encontrado na manhã desta terça-feira (8) por uma equipe do Corpo de Bombeiros de Teófilo Otoni.

Familiares da mãe da criança acusa o pai, que é alcoólatra, de negligência e desleixo, durante o tempo que ele esteve com o filho. “Ele retornou para a casa do pai dele no final da tarde de sábado, completamente bêbado, e quando fomos perguntar pela criança, ele respondeu que não sabia, e que achava que o menino tinha se afogado”, contou uma tia do garoto.

O homem, identificado como Hélio Marcio de Jesus Brito, de 40 anos, está separado da mulher há dois anos e segundo moradores de Itinga, não tem profissão certa. “Ele trabalha como braçal, mas bebe muito e às vezes dorme em qualquer lugar”, afirmam os moradores do bairro Planalto, onde a mãe da criança mora hoje, com o atual companheiro.

“Ele foi obrigado pela Justiça a pagar uma pensão mensal de R$ 264 reais para os três filhos de 9, 12 e 17 anos. Nunca pagou”, contou o padrasto das crianças, o pedreiro José Aelson Silva Reis, de 57 anos.

“No sábado, ele chegou aqui e levou o menino, com a promessa de visitar o avô, na comunidade do Jenipapo, onde ocorreu o afogamento. A mãe da criança, que faz serviços gerais, estava trabalhando fora, e eu tinha saído para comprar materiais para a construção de um banheiro”, informou o pedreiro.

“A mãe esta abalada, revoltada e triste com tudo que aconteceu”, afirmou uma tia do garoto.

O pai do menino não foi localizado para falar sobre o assunto. O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil.

Wesley de Jesus tinha apenas nove anos (Foto: Divulgação)

(Fonte: Gazeta de Araçuaí)

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