Brasil atinge recorde de 215,2 milhões de cabeças de gado

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A população de cabeças de gado bovino em fazendas brasileiras cresceu e atingiu o recorde de 215,2 milhões de animais em 2015, com um aumento de 1,3% sobre 2014. Os dados foram divulgados hoje (29/09/2016) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa da Pecuária Municipal.

O crescimento de 2015 foi o maior desde 2011 e representa uma aceleração após a queda causada pela seca de 2012 e a variação próxima de zero registrada em 2013 e 2014.

Em uma análise regional, a população de gado cresceu mais no Norte (2,9%) e teve queda no Nordeste, com -0,9%.

O Centro-Oeste teve variação de 2,1% e continua a ser a região que concentra a maior criação, com 33,8% da participação nacional. O IBGE aponta que a região conta com “grandes propriedades destinadas à criação de bovinos e produtores especializados, possuindo clima, relevo e solo favoráveis à atividade, como também grandes plantas frigoríficas que têm impulsionado o abate em larga escala”.

Mato Grosso é o estado com a maior criação de gado, com 13,6% do total nacional. Entre os cinco primeiros colocados, Goiás aparece em terceiro e Mato Grosso do Sul em quarto, com 10,2% e 9,9% do total.

Os dados fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal de 2015. Ela constatou que, nos últimos anos, o Sul e o Sudeste do país têm registrado estagnação da bovinocultura de corte, enquanto a produção de bovinos tem se deslocado para o Norte. A atração é explicada em parte pelo instituto por meio dos baixos preços das terras, disponibilidade hídrica, clima favorável, incentivos governamentais e abertura de grandes plantas frigoríficas.

Queda na produção de leite

O aumento do efetivo total de bovinos não se refletiu no número de vacas ordenhadas, que caiu 5,5% em 2015. Todas as regiões acusaram queda dessa atividade, que teve a maior redução no Nordeste, com -9,5%.

O Sudeste responde por 34,3% do número de vacas ordenhadas, e Minas Gerais tem a atividade mais forte, com 24,9% do efetivo nacional.

A produção de leite teve queda em 2015, com 0,4% a menos que 2014, e caiu para 35 bilhões de litros. O Sul é o maior produtor de leite no Brasil desde 2014 e contribuiu com 35,2% da produção nacional em 2015.

A produtividade das vacas da região Sul é a maior do Brasil. Enquanto a média do país é que uma vaca produza 1.609 litros de leite por ano, no Sul a produtividade é de 2.900 litros. Em relação a 2014, houve um aumento de 3,9% desse resultado.

Apesar disso, Minas Gerais continua a ser o maior estado produtor de leite do país, com 26,1% da produção nacional.

Rebanho suíno passa de 40 milhões

As criações brasileiras de suínos e galináceos cresceram em 2015 para o maior patamar de suas séries históricas, divulgou hoje (29) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa da Pecuária Municipal.

A pecuária suína no Brasil chegou a 40,33 milhões de cabeças em 2015, com alta de 6,3% sobre 2014. Foi a primeira vez que o total de animais passou de 40 milhões. Em 2005, primeiro ano da pesquisa, o rebanho era de menos de 35 milhões.

Quase metade da produção suína no Brasil está na região Sul, com 49,3%, e o Paraná é o estado com maior peso nesta atividade, com 17,7% de todo o rebanho nacional.

1,3 bilhão de galináceos

Desde 2005, o efetivo de galináceos (galos, galinhas, frangos, pintos e pintainhas) tem crescido no Brasil, com a exceção de 2012, quando a agropecuária brasileira foi afetada pelo tempo mais seco.

Em 2015, segundo o IBGE, a redução do poder aquisitivo da população e o aumento do preço da carne bovina contribuíram para que o país atingisse o recorde de 1,3 bilhão de frangos com um crescimento de 0,9% sobre 2014.

No caso dos frangos, o total divulgado na Pesquisa da Pecuária Municipal é bem menor que o abatido, já que o ciclo de produção do frango de corte é curto e as medições são feitas no último dia do ano, 31 de dezembro. Segundo a Pesquisa Trimestral de abate de animais, 5,79 bilhões de cabeças de frango foram abatidas em 2015.

O Brasil é o terceiro maior produtor de galináceos do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e China, e é o maior exportador de carne de frango.

Assim como os suínos, os galináceos estão mais concentrados na Região Sul e no estado do Paraná, com 45,4% e 24,3% da criação nacional, respectivamente.

Produção de tilápia aumenta 9,7%

A produção de tilápia no Brasil aumentou 9,7% em 2015 e chegou a 219 mil toneladas entre janeiro e dezembro. O peixe é o mais criado pela piscicultura no país e chega a 45,4% do total da produção total. Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na Pesquisa da Pecuária Municipal.

A produção de tilápia no Brasil está concentrada principalmente em quatro estados, sendo o Paraná o maior produtor, com 28,8%. São Paulo produz 13,2%, seguido por Ceará, com 12,7%, e Santa Catarina, com 11,4%.

A cidade cearense de Jaguaribara é a líder na criação de tilápia, com 13,8 mil toneladas do pescado, o que equivale a 6,3% da produção nacional. Sua produção teve uma queda em relação a 2014, por causa da baixa do reservatório e da falta de oxigenação no Açude Castanhão. Os problemas causaram a perda de 3 mil toneladas do pescado.

Produção de peixes cresce 1,5%.

O desempenho dos criadores de tilápia contribuiu para que a produção de peixes no Brasil crescesse 1,5% em 2015.

Foram produzidas durante o ano 483,2 mil toneladas, com um valor de mais de R$ 3 bilhões. Rondônia responde por 17,5% dessa produção e por 18,5% do valor gerado pela piscicultura.

Enquanto a tilápia é mais produzida no Sul, Sudeste e Nordeste, no Norte os peixes conhecidos como redondos são os mais criados, como o tambaqui, tambacu e pacu.

O tambaqui foi o segundo peixe mais produzido no Brasil em 2015, com 135 mil toneladas, peso que corresponde a 28,1% da produção brasileira.

(Fonte: Agência Brasil)

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