O Cruzeiro deu sequência à sua caminhada de recuperação no returno do Campeonato Brasileiro e emplacou a terceira vitória em quatro partidas. Com proposta de jogo marcada por tranquilidade e eficiência, o time celeste bateu o América por 2 a 0 no clássico disputado na noite desta quinta-feira (08/09/2016), no Independência, pela 23ª rodada da competição. Dois jogadores estrangeiros decidiram a partida: o uruguaio De Arrascaeta e o argentino Ramón Ábila, autores dos gols azuis.
Melhor equipe do returno, com 10 pontos em 12 possíveis, o Cruzeiro saltou para a 12ª colocação, com 29 pontos, dois a mais que o 17º Figueirense. Já o América, cada vez mais próximo da Série B, continua na lanterna com os mesmos 13 pontos.
No próximo domingo, às 16h, a Raposa receberá o Botafogo no Mineirão. No mesmo dia, mas às 18h30, o Coelho visitará a Ponte Preta no Moisés Lucarelli, em Campinas.
Gringos marcaram os gols da vitória (Foto: Pedro Vilela/Lightpress/Cruzeiro)
O jogo
Na luta contra o rebaixamento, América e Cruzeiro fizeram um jogo de estratégia no Independência. Como numa partida de xadrez, venceria aquele que mostrasse mais cautela na movimentação das peças e se aproveitasse de possíveis descuidos do adversário. Nos primeiros minutos, os avanços foram tímidos e as tentativas das duas equipes não passaram de chutes sem direção. Aos 20min, porém, a Raposa fez pressão na saída de bola do adversário e induziu o zagueiro Sueliton tocar na fogueira para Diego Lopes, que perdeu de Ramón Ábila na dividia. As torres de proteção ao goleiro João Ricardo falharam. E Arrascaeta, veloz e habilidoso, caminhou para definir o xeque-mate e abrir o placar para o clube celeste no Horto: 1 a 0. Artilheiro do time em 2016, o uruguaio chegou ao sexto gol no Brasileiro e ao 10º na temporada.
Em vantagem, o Cruzeiro freou seu ímpeto e passou a controlar. Por vezes, respirou no campo de defesa e deixou o América ter a posse da bola. Mas, ao se proteger na retaguarda, foi firme. A exceção aconteceu aos 24min, quando Lucas recuou fraco e quase cedeu lance de perigo ao atacante Michael. A recuperação de Manoel no lance foi boa. E graças ao entrosamento do camisa 33 com Bruno Rodrigo, o goleiro Rafael não trabalhou em nenhum lance de perigo do Coelho na etapa inicial.
O América precisava fazer algo. Enderson Moreira tinha que mudar a composição da equipe, pois perder o quarto jogo consecutivo no returno seria terrível para quem pretende ao menos encerrar o Brasileiro de maneira digna. O técnico, então, tirou o meia Diego Lopes e o atacante Michael e colocou Ernandes e Nixon. Logo no primeiro minuto da etapa final, Jonas cobrou falta no canto direito e assustou Rafael. Porém, no andar da carruagem, o Cruzeiro voltou a se mostrar perigoso. Aos 13min, Arrascaeta driblou Claudinei e cruzou para Ábila, que, de voleio, mandou por cima. Aos 14min, Arrascaeta recebeu passe de Robinho, driblou João Ricardo e só não fez seu segundo gol porque o americano Alison salvou praticamente em cima da linha.
Aos 16min, Mano Menezes chamou do banco de reservas o meia Alisson, que ficou por quase dois meses em tratamento de lesão muscular na parte posterior da coxa direita. Já no intervalo, os torcedores que ocuparam o setor Ismênia do Independência pediram a entrada do camisa 11. Atendidos pelo treinador, eles viram Alisson arrancar pela esquerda aos 24min e deixar Ramón Ábila cara a cara com João Ricardo. Goleador que é, o argentino não titubeou e sacramentou o resultado no Horto: 2 a 0.
Gringos marcaram os gols da vitória (Foto: Pedro Vilela/Lightpress/Cruzeiro)
(Fonte: Super Esportes/Rafael Arruda)
