Empresário desabafa sobre foto polêmica registrada em protesto no Rio de Janeiro

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Pai, mãe, dois bebês, uma babá e um cachorrinho. A foto da família acompanhada pela funcionária e levando o animalzinho ao protesto contra o governo no Rio de Janeiro tomou conta das redes sociais na tarde deste domingo (13/03). Para os críticos da manifestação, a imagem seria o resumo de que o protesto é feito pela elite brasileira, que gostaria de manter seus privilégios.

Pelas redes sociais, o empresário e diretor de finanças do Flamengo, Cláudio Pracownik, um dos protagonistas da imagem, desabafou sobre a polêmica na qual sua família se viu envolvida. “Sinto-me feliz em gerar empregos em um país que, graças a incapacidade de seus governantes, sua classe política e de toda uma cultura baseada na corrupção vive uma de suas piores crises econômicas do século”, afirmou. o texto diz ainda que a babá vestia uniforme porque sua profissão é regulamentada e aquela é sua roupa de trabalho.

Ele explicou que a babá da foto só trabalha aos fins de semana e tem todos os seus direitos trabalhistas respeitados. Além dela, Pracownik afirmou empregar mais três pessoas em sua casa e centenas no seu trabalho. “Todos recebem em dia. Todos têm carteira assinada e para todos eu pago seus direitos sociais”, afirmou, completando: “não faço mais do que a minha obrigação!”

O empresário lamentou ainda que seja julgado a partir de uma fotografia. “Ganho meu dinheiro honestamente, meus bens estão em meu nome, não recebi presentes de construtoras, pago impostos (não, propinas)”, enumerou. O texto foi postado por volta de 16h30 e duas horas depois já tinha mais de 15 mil compartilhamentos.

Foto foi registrada no rio de Janeiro – Crédito: Perfil Cláudio Pracownik

Abaixo, a íntegra de seu post:

“Sí Pasarán!”

Ganho meu dinheiro honestamente, meus bens estão em meu nome, não recebi presentes de construtoras, pago impostos (não, propinas), emprego centenas de pessoas no meu trabalho e na minha casa mais 04 funcionários. Todos recebem em dia. Todos têm carteira assinada e para todos eu pago seus direitos sociais.

Não faço mais do que a minha obrigação! Se todos fizessem o mesmo, nosso país poderia estar em uma situação diferente

A babá da foto, só trabalha aos finais de semana e recebe a mais por isto. Na manifestação ela está usando sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando seu dinheiro.

A profissão dela é regulamentada. Trata-se de uma ótima funcionária de quem, a propósito, gostamos muito.

Ela é, no entanto, livre para pedir demissão se achar que prefere outra ocupação ou empregador. Não a trato como vítima, nem como se fosse da minha família. Trato-a com o respeito e ofereço a dignidade que qualquer trabalhador faz jus.

Sinto-me feliz em gerar empregos em um país que, graças a incapacidade de seus governantes, sua classe política e de toda uma cultura baseada na corrupção vive uma de suas piores crises econômicas do século.

Triste, só me sinto quando percebo a limitação da minha privacidade em detrimento de um pensamento mesquinho, limitado, parcial cujo único objetivo é servir de factoide diversionista da fática e intolerável situação que vivemos.

Para estas pessoas que julgam outras que sequer conhecem com base em um fotografia distante, entrego apenas a minha esperança que um novo país, traga uma nova visão para a nossa gente. Uma visão sem preconceitos, sem extremismos e unitária.

O ódio? A revolta? Estas, deixo para eles.

(Via O Tempo)

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