Partidos políticos montam estratégias para conter boatos nas redes socais

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Partidos monitoram informações sobre candidatos e cogitam ir à Justiça. Informações falsas são difundidas em massa por e-mails e sites

A menos de cinco meses das eleições, PT, PSDB e PSB se organizam para monitorar e combater a guerra de insultos e boatos contra os principais candidatos à Presidência da República na internet, sobretudo nas redes sociais.

Anônimas, as publicações reproduzidas em massa por meio de e-mails, Facebook e Twitter são vistas pelos partidos políticos como potenciais ameaças às campanhas oficiais.

O vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, que coordena área de redes sociais do partido, disse que está “coletando” todos os posts ofensivos a lideranças petistas e à presidente Dilma Rousseff para pedir à Justiça Eleitoral que sejam retirados do ar.

Para ele, existe um “gangsterismo” na internet, com a reprodução de informações “inverídicas” e “ofensivas” sobre os candidatos à Presidência da República.

“Estamos juntando tudo o que é feito para exigir a retirada disso na Justiça. Somos contra a censura, mas cada um tem que ter responsabilidade pelo que diz. Vamos querer a responsabilização dessas pessoas que difamam as lideranças e candidatos do PT”, afirmou.

Cantalice disse ainda que tenta, por meio do Facebook oficial do PT, “desmentir mentiras” divulgadas na internet sobre os governos de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Fizemos recentemente uma postagem com as 13 mentiras contadas sobre o PT, desmistificando um por um os boatos lançados. O lamentável é que existe um gansgsterismo digital. A gente, quando atua enquanto PT, a gente bota a nossa marca. O que sair na rede do PT é responsabilidade nossa. Esses caras não têm compromisso com a verdade”, disse o dirigente petista sobre publicações anônimas que circulam na internet.

O PSDB montou uma equipe para monitorar a circulação de informações na internet e adotar providências nos casos de divulgação por militantes das siglas adversárias de dados considerados “falsos”.

“Temos um escritório cuidando de monitorar ações criminosas, que transgridam as regras eleitorais. Quando percebermos que existe por trás do boato divulgado na internet a máquina do partido adversário ou uma voz oficial com o objetivo de desequilibrar a campanha, vamos à Justiça Eleitoral cobrar a punição dos responsáveis”, disse o secretário jurídico do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP).

O tucano reconheceu, porém, que é difícil identificar a autoria das informações que circulam pela internet. Ele criticou, por exemplo, boatos na rede de que o candidato Aécio Neves acabará com o programa Bolsa Família caso seja eleito presidente.

“É muito difícil identificar o autor dos boatos. Não nos preocupa tanto a informação produzida e repassada por internautas, mas sim os boatos encabeçados por partidos ou candidatos adversários”, disse Sampaio.

Com menor tempo de rádio e televisão, o PSB pretende usar a internet como arma de campanha, divulgando as plataformas do candidato Eduardo Campos no Facebook, Twitter, Instragram, Youtube e Flickr. (G1)

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