Quadrilha desvia R$ 73 milhões da Mega-Sena e aplica maior golpe da história da Caixa Econômica

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A Polícia Federal desarticulou o maior esquema de fraude da história da Caixa Econômica Federal. Neste sábado, agentes da PF realizaram uma operação em três Estados – Goiás, São Paulo e Maranhão – para identificar e prender os responsáveis por forjar um prêmio da Mega-Sena no valor de R$ 73 milhões em dezembro de 2013.

De acordo com informações dos envolvidos na operação batizada de “Éskhara” (nome grego que, traduzido, significa “escara”, que é uma ferida que nunca se cura), um grupo de abriu uma conta-corrente na agência da Caixa em Tocantinópolis (TO) usando o nome de uma pessoa fictícia. O objetivo era receber um falso prêmio da Mega-Sena no valor de R$ 73 milhões. O dinheiro foi depositado e, em seguida, distribuído por diversas contas.

Com a operação, cinco mandados de prisão preventiva foram expedidos, dez de busca e apreensão e um de condução coercitiva, que obriga o suspeito a prestar depoimento.

A Caixa Econômica Federal, que já bloqueou as contas e recuperou aproximadamente 70% do valor desviado, revelou à PF que trata-se da maior fraude já sofrida em toda a história do banco. O agente da PF Jorge Apolônio Martins revelou ainda que este é o quarto golpe aplicado no Brasil.

Embora a operação tenha movido um grande quadro de policiais federais, será um processo lento, já que envolve suspeitos em diversas partes do país. Para a PF, como a quadrilha está espalhada em pelo menos três estados brasileiros, a investigação se torna um processo mais demorado.

A operação conta com mais de 65 policiais federais de Tocantins, Goiás, Maranhão e São Paulo estão envolvidos na operação.

SUSPEITOS

Entre os suspeitos, que tiveram um mandado de prisão preventiva decretado, está um suplente de deputado federal Ernesto Vieira Carvalho Neto do PMDB do Maranhão e o gerente da agência de da agência da Caixa Econômica Federal de Tocantinópolis, Robson Pereira do Nascimento.

Com a comprovação do envolvimento na fraude, os suspeitos – se condenados – responderão pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público por funcionário do Estado), receptação majorada, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A condenação pode chegar a 29 anos de prisão.

(Imagem ilustrativa)

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