Morreu na madrugada de sábado, 22 de agosto, em Recife (PE), aos 64 anos, o médico e folclorista Joaquim Souto Filho. Ele foi sepultado em Pesqueira, também no estado de Pernambuco, sua terra natal. O médico lutava contra a diabetes.
Doutor Joaquim desenvolveu importante trabalho de cultura popular no Vale do Jequitinhonha a partir de 1988, quando chegou à cidade de Berilo e no ano seguinte, em Chapada do Norte.
Em nota a Federação de Teatro de Minas Gerais (FETEMIG) lamentou a morte do médico, que segundo a entidade, resgatou nas cidades que passou, a exemplo de Comercinho, Itinga, Jenipapo de Minas, Araçuaí e Chapada do Norte o valor e a cultura do povo do Vale do Jequitinhonha. A FETEMIG agradeceu a contribuição que o médico deu ao povo do Vale.
Segundo Maurício Costa, professor de ensino fundamental em Chapada do Norte, DR. Joaquim era médico, amigo, pai, conselheiro.
“Ele conquistou a população chapadense com seu perfil diferente dos outros profissionais da aérea: andava com sandálias de couro, boné, bolsa no ombro, calca jeans e camisas largas com pinturas feitas por ele. Não media palavras, falava o que pensava, doa a quem doer. Tinha sempre uma boa prosa.”, escreveu o professor em sua página no Facebook.
O médico trabalhava com adolescentes na formação teatral, como o Grupo Esperança, em Chapada do Norte.
“Todos foram muito felizes por terem a oportunidade de conviveram com aquele mestre. Embora nunca tenha dito publicamente, era visível o orgulho do médico com os rumos que os seus seguidores levaram na vida. Muitos deles adolescentes no passado, hoje são professores, motoristas, empresários, turismólogos, cabeleireiras, entre outras profissões”, lembrou Maurício Costa.
“Quis o destino que ele partisse para uma nova vida, exatamente no Dia do Folclore, que tem tudo a ver com a cultura que tanto defendeu”, finalizou Costa.
Dr. Joaquim morreu aos 64 anos em Recife – Foto: Reprodução / Internet
(Fonte: Gazeta de Araçuaí)
