A exposição apresentou cerca de 1,4 mil animais de 12 raças entre bovinos e equídeos. Público teve a chance de conhecer mais sobre a pecuária mineira.
A Exposição Estadual Agropecuária concluiu, no fim de semana, a sua 55ª edição, com visitação estimada de cerca de 20 mil pessoas. No Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, os seis dias de evento foram marcados por intensa programação, com destaque para três leilões realizados, das raças campolina, jumento pêga e pônei, que somaram negócios de quase R$ 1 milhão.
A exposição apresentou cerca de 1,4 mil animais de 12 raças entre bovinos e equídeos. Assim como nas edições anteriores, cumpriu sua função de dar visibilidade ao rebanho mineiro de qualidade, propiciar a realização de negócios entre os criadores e compradores e permitir ao público em geral conhecer de perto um pouco mais da pecuária mineira e da vida do campo.
Os resultados dos julgamentos que avaliaram os melhores animais de cada raça em relação ao seu padrão morfológico e desempenho demonstraram a qualidade genética do rebanho mineiro, resultado dos investimentos realizados pelos criadores.
Na premiação do gir leiteiro, por exemplo, a surpresa ficou por conta do grande campeão, Gabarito Ávila, o mais novo entre os concorrentes, o que surpreendeu até mesmo o seu criador, João Vicente Ávila. O animal, de apenas 14 meses de idade, provém de uma linhagem de premiados. “Esse resultado nos surpreendeu pela pouca idade do animal, pois esse prêmio geralmente é conquistado por exemplares adultos”, disse o proprietário do jovem campeão.
Outro destaque foi a fêmea da raça girolando Atual Rhoeland, de 36 meses, de Sete Lagoas/MG, que conquistou os prêmios nas categorias Três Anos Júnior e Úbere Jovem Fêmea ½ Sangue.
Entre os equídeos, chamou a atenção o jumento pêga de Uberaba/MG, que teve metade da sua propriedade vendida por R$ 50 mil no leilão da raça. O animal agora pertence a dois donos. Já na pista de grama do Parque da Gameleira, brilharam os exemplares das raças mangalarga marchador, árabe, campolina, pampa, pônei e jumento pega.
Os criadores apresentaram, ainda, o melhor dos planteis com animais de destaque em relação ao perfil morfológico e em relação ao andamento. No caso dos bovinos, a raça estreante wagyu, de origem japonesa, agradou com sua carne tenra e suculenta, que pode ser degustada por convidados no estande dos criadores. O também estreante senepol mostrou seu potencial. Um dos exemplares da raça pesava mais de uma tonelada. Também participaram exemplares das raças guzerá e sindi.
O animal Gabarito Ávila foi o grande campeão na premiação do gir leiteiro – Foto: Divulgação/Seapa
Leilões
Os três leilões realizados durante a exposição faturaram cerca de R$ 1 milhão com a venda de 92 lotes. O maior faturamento ficou com o Leilão Campolina Força BH, que registrou vendas de R$ 380 mil, seguido do 14º Leilão dos Associados da ABCJPêga, com R$ 377 mil e do 12º Leilão Pônei Show, com negócios de R$ 241 mil.
A Minifazenda agradou a adultos e crianças com animais de tamanho mini. Destaque para Princesinha, menor minivaca certificada brasileira, com apenas 60 cm de altura.
Rural e urbano
O diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Márcio Botelho, acredita que o evento cumpriu, mais uma vez, sua missão de fomentar a realização de negócios entre produtores, criadores e compradores, não só por meio dos leilões, mas nas negociações diretas entre os interessados. Ao mesmo tempo, permitiu que a população vivenciasse, durante os seis dias, um pouco da vida do campo. “A Exposição Estadual Agropecuária possui essa tradição de aliar negócios e lazer e esse é um modelo que tem dado certo e agradado aos produtores e ao público”, afirmou.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho, avaliou positivamente o evento. “A Exposição apresentou a qualidade e a diversidade de bovinos e equideos. Além disso, diversas famílias mineiras compareceram para prestigiar um evento, que é tradicional no Parque da Gameleira, patrimônio de Minas Gerais, considerado um ponto de intercessão entre o meio urbano e o meio rural. Mesmo com a crise econômica não deixamos de realizar esse importante evento para o Estado, uma vez que o setor de agronegócio representa 30% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais. Para o próximo ano, estimamos a volta da Superagro e realizaremos melhorias na infraestrutura do parque. Agradecemos a parceria de nossos patrocinadores, pois sem eles não teria sido possível a realização do evento”, enfatizou.
Para Roberto Simões, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), entidade parceira da Secretaria de Agricultura e do IMA na realização do evento, mais uma vez ficou demonstrada a impressionante força do agronegócio e de seus produtores em Minas Gerais. “O evento foi um sucesso de público e de número de animais, com cerca de 1.400 exemplares , além da presença de diversos expositores. Para o próximo ano, a meta é trazer de volta a Superagro. A Exposição Agropecuária é uma vitrine do agronegócio mineiro, onde os melhores exemplares de diversas raças entre equídeos e bovinos são apresentados para o público de interesse. Além disso, o evento fomenta importantes negócios entre criadores após a exposição”, apontou. (Agência Minas)
