A UNEB, por meio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), encerrou na sexta-feira (26) a programação da III Feira Nacional de Matemática. Após dois dias de apresentações no Museu de Ciência e Tecnologia (MC&T) da Bahia, os expositores dos 156 estandes do evento foram premiados pela organização da iniciativa.
Estudantes de todas as idades e professores das redes de ensino públicas e privadas comemoraram o sucesso da feira, que recebeu visitas de discentes dos ensinos fundamental e médio das redes municipais e estadual da Bahia e de interessados pela área de conhecimento.
Uma comissão composta por pesquisadores de diversas regiões do país avaliou todos os trabalhos apresentados durante a iniciativa. As vinte melhores equipes do Ensino Médio foram premiadas com bolsas de Iniciação Científica (IC) Júnior, concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os expositores que foram laureados com destaque terão seus trabalhos revisados e publicados nos anais da edição da feira.
Aluno Douglas, professor Sandro Gonçalves e a aluna Camila Pereira – Foto: Divulgação
Educação especial e inclusiva
A III Feira Nacional de Matemática mostrou também que a troca de experiências além de agregar à formação acadêmica e humanística dos estudantes, qualifica a inserção dos participantes no processo de ensino e aprendizagem.
O jovem Douglas Ricardo Costa perdeu a visão há oito anos, problema que não o impediu de seguir nos estudos e iniciar a graduação em Matemática, pelo Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). Durante os dois dias da feira, o mineiro foi expositor do estande “As experiências de ensino de geometria de um futuro professor cego a um aluno cego usando materiais manipuláveis”.
O estudante apresentou instrumentos como o soroban e o multiplano, que auxiliam na representação e resolução de problemas matemáticos de áreas como lógica, geometria e álgebra.
De acordo com Douglas, a inclusão da educação especial em eventos desta natureza é fundamental para a construção de novos conhecimentos. “As pessoas têm medo do que é novo. Porém, aqui trocamos experiências e todos adquirimos novas habilidades. Vou levar referências de outros estados e desenvolver mais equipamentos adaptados”.
O trabalho do jovem foi orientado pelo professor Sandro Gonçalves e apresentado em parceria com a estudante Camila Freitas, que foi motivada a participar por ensinar a jovens que possui deficiência visual na rede pública de ensino do município de São João Evangelista, em Minas Gerais. (UNEB/Folha de Guanhães)