Sempre fui apaixonada pelos meus professores de metodologia. Sempre gostei muito de métodos, de etapas a seguir num determinado processo. Analisando as características, capacidades, potencialidades, limitações, possíveis distorções e implicações de um ou outro caminho a seguir, considerando o perfil e subjetividade dos envolvidos em qualquer processo.
Porém, o fato que mais me fez apaixonar por todos os professores de metodologia que conheci foi a afirmação: “Ninguém motiva ninguém”.
Atrelado aos estudos da subjetividade humana, sigo concordando e multiplicando esta máxima. Afinal, pode até ser delicioso ouvir pessoas afirmarem os benefícios de estar motivado todo os dias, no entanto, podemos pensar:
É fácil demais dizer que a chave para sucesso é estar motivado quando quem diz é uma pessoa “bem sucedida”, com suas contas no débito automático (quer sinal maior do que equilíbrio financeiro? Ter dinheiro o suficiente para que as faturas nem cheguem às mãos e o próprio banco faça o débito e a conta continue no azul?) ou então que todas as outras pessoas a admiram e a enxerguem como bem sucedida (porque para a maioria das pessoas, “ser bem sucedido” é ter dinheiro) demonstrados em carro do ano, casa em bairro nobre, roupas da moda e aquele grupo de amigos em volta nas festas, todos com seus copos cheios de bebida “demonstrando” que são “felizes”.
É meus amigos, nosso “sistema” nos induz a estas crenças. Mais ou menos assim: se você tem dinheiro o banco te empresta mais dinheiro, quanto mais você compra em lojas caras, mais elas te ligam oferecendo novas peças que chegaram e são a “sua cara”. Se não tem, não consegue nem mais dinheiro, nem atenção de lojista “com roupas a sua cara”.
E o que tem haver metodologia, equilíbrio financeiro, sistema e ser bem sucedido com motivação?
Aí está o grande lance: este sistema conduzido pela mídia que nos induz comprar tudo que não precisamos ou por um preço que não temos condições de pagar, com objetivo de demonstração de como ser bem sucedido para as pessoas nos admirarem, desequilibra qualquer ser humano. E é por isso que é preciso encontrar métodos eficazes para manter a motivação para viver.
E viver não significa ter que agradar a todos a qualquer preço. É por isso que tenho como missão ajudar as pessoas a olharem para si, sem interferência do “sistema” e entenderem quais são seus desejos. O que faz cada um mais feliz é diferente.
Se você consegue “se encontrar”, saber o que o faz você feliz, certamente alcançará o equilíbrio. A começar pelo financeiro. Se não tiver que seguir a moda e poder comprar roupas e sapatos mais neutros, capazes de uso e combinações diversas, se começar olhar os preços e compará-los antes das compras, se optar por compras à vista, já começará notar algumas alterações positivas. Na sequência, pouco se importar com o que as pessoas pensam sobre você e, por fim, traçar uma meta para sua vida (com objetivos de curto, médio e longo prazo), escolher uma metodologia para alcançá-los, você se surpreenderá.
Perceberá então que tem o comando da própria vida e que estará mais motivado a viver e não apenas passar por esta vida. Muitos somente entendem esta máxima depois que estão com idade mais avançada e então, o tempo já é curto.
Comece hoje mesmo a traçar suas próprias metas, criar seus próprios métodos e se ninguém te admirar, admire a você mesmo. Se espantará também como as pessoas admiram aquelas que são donas de seu “próprio nariz”. Não é moda, nem dinheiro e posses que definem admiração e sim pessoas com personalidades próprias.
Pessoas bem sucedidas tem mais haver com aceitação de si próprias do que com qualquer outra observação.
Ninguém é capaz de motivar ninguém. Motive-se pelo que te faz mais livre, leve e feliz. Podemos apenas incentivar as pessoas.
E meu desejo é incentivar você a ser você mesmo. O que os outros pensam a seu respeito deve ser “preocupação”, deles não sua.
Seja você, do jeito que queira ser e além de se tornar mais feliz, estará incentivando pessoas a o serem também.