Há poucos mais de duas semanas para uma das maiores festas populares do mundo, muitos foliões já garantiram a hospedagem em hotéis e pousadas de cidades do interior de Minas Gerais e a expectativa de quem está no ramo é de bons lucros.
Hotel em Janaúba está com 60% da ocupação total (Foto: Site Gorutuba Park Hotel)
Há cinco anos, o Carnaval não era realizado em Janaúba, no Norte de Minas. Em 2014, a festa voltará a acontecer, com apresentação de artistas famosos e trio elétrico. Segundo a Administração Municipal, são esperadas 20 mil pessoas por noite no Carnaval de Janaúba. 400 empregos diretos e indiretos devem ser gerados e o incremento na economia deve chegar a R$ 5 milhões. Emerson de Paula, gerente de um hotel, diz que a expectativa é positiva.
“Após tanto tempo, esperamos que o retorno do Carnaval seja um primeiro passo para uma festa melhor ainda melhor no próximo ano, mesmo assim estamos muito otimistas”, afirma o profissional que está no ramo há 13 anos.
No hotel gerenciado por Emerson há 66 quartos, com opções para uma, duas e três pessoas. 60% das reservas já foram feitas, e a expectativa é de que a ocupação máxima alcance 90%.
“Oferecemos toda a estrutura para o folião descansar durante o dia no hotel, piscina, sauna, quadras e restaurante, e estamos localizados perto de onde a agitação do Carnaval se concentra, o que facilita para quem pretende curtir a festa. A maioria dos hóspedes é jovem e mora em Montes Claros, mas temos alguns que são da Bahia”, diz.
GRÃO MOGOL
Em Grão Mogol, as expectativas de quem lida com o setor de hospedagem são as melhores. Em um dos hotéis da cidade, todos os 34 quartos já estão reservados há 15 dias, as diárias variam de R$ 65 a R$ 200.
“O hotel foi criado para atender a uma demanda de turismo existente na cidade. Este é o nosso terceiro Carnaval e é a melhor época do ano. Recebemos turistas de vários estados, e até de outros países”, explica a gerente Érica Cardoso.
Érica destaca que a maioria das reservas é para casais da região. Para ela, a cidade atraia turistas principalmente devido às belezas naturais, como a cachoeira Véu da Noiva e praia do Val, aos prédios históricos e também ao presépio Mãos de Deus, construído em cima de pedras e considerado o maior a céu aberto do mundo. Para visitar estes locais, o hotel indica um guia, que monta um circuito com vários passeios.
SECA INFLUENCIA SETOR HOTELEIRO
Já em Três Marias, a seca afetou o movimento nos hotéis, mas mesmo assim, as expectativas para o Carnaval, às margens das águas cristalinas da represa que tem mesmo nome da cidade, são boas.
“A seca vai influenciar negativamente 10% do nosso movimento, nos atrapalhou como nunca. Se o nível da represa não estivesse baixo, já estaríamos com a lotação completa”, explica Gilberto Faria, gerente de um hotel com capacidade para 50 pessoas.
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível do reservatório até o fim de janeiro era de 27,56%, bem inferior ao mesmo período do ano passado, que correspondia a 41,97%.
Pela proximidade com a capital, cerca de 270 quilômetros, muitos dos hóspedes são de Belo Horizonte da região metropolitana.
“A seca afetada diretamente o movimento porque os turistas vêm principalmente por causa da represa, com o objetivo de praticarem esportes aquáticos e pesca, mesmo assim temos uma dos Carnavais mais famosos de Minas e isso faz a diferença”, afirma Gilberto.
Hotel às margens de represa tem expectativa boa, apesar da seca (Foto: Site / Hotel Grande Lago)
(Fonte: Inter TV Grande Minas/G1)
