Impulsionado pelo aumento da produção e do consumo, o faturamento real (descontada a inflação) da indústria de transformação cresceu 5,6% em 2024, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta sexta-feira (7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar da queda de 1,3% entre novembro e dezembro, o setor registrou seu maior crescimento anual desde 2010.
De acordo com a CNI, a expansão da demanda por bens industrializados foi favorecida pelo baixo desemprego, pelo aumento dos gastos do governo e pela ampliação da concessão de crédito. Essa combinação de fatores manteve consumo e investimentos aquecidos, refletindo diretamente no aumento do faturamento.
O número de horas trabalhadas na produção teve alta de 4,2% em 2024, em comparação com 2023. No entanto, em dezembro, houve uma queda de 1,3%, indicando uma desaceleração da indústria no final do ano.
A utilização da capacidade instalada (UCI) recuou 0,8 ponto percentual em dezembro, encerrando 2024 em 78,2%, considerando a série ajustada sazonalmente. Na média anual, a UCI cresceu 0,6 ponto percentual em relação a 2023.
O bom desempenho do setor também se refletiu no mercado de trabalho. O número de postos de trabalho no setor industrial avançou 2,2% no ano passado. A massa salarial teve crescimento de 3%, enquanto o rendimento médio dos trabalhadores aumentou 0,8%.
Em dezembro, porém, os indicadores apresentaram um desempenho menos favorável. O nível de emprego permaneceu estável, mas a massa salarial e o rendimento médio dos trabalhadores registraram queda de 0,5% no mês.
A pesquisa Indicadores Industriais é realizada desde 1992 em parceria com federações estaduais da indústria. O levantamento monitora, mensalmente, a evolução de curto prazo da atividade industrial e abrange estados que representam mais de 90% do Produto Industrial Brasileiro.
