Moradores de Buritizeiro, no Norte de Minas Gerais, fizeram uma manifestação, nessa segunda-feira (13/01), pedindo melhorias na cidade. Entre as reinvindicações estão a reabertura do único hospital da cidade, interditado parcialmente pela Vigilância Sanitária da gerência Regional de Saúde, a liberação para a passagem de motos na ponte Marechal Hermes, a contratação de um delegado, o início da operação tapa-buracos e transparência na prestação de contas por parte do prefeito.
Mais de 400 pessoas participaram de manifestação, segundo Provoca Ação (Foto: Raimundo Dias)
A passeata, que reuniu cerca de 400 pessoas, saiu da Praça do Ferro Velho com destino à Câmara Municipal. Esta foi a segunda manifestação, a primeira foi realizada na quarta-feira (08/01), com a participação de mil pessoas. Em ambas as ocasiões, a mobilização popular ocorreu nas redes sociais, por meio do movimento “Provoca Ação”.
Um dos organizadores do movimento, Marcílio Rosa, diz que a população se revoltou após a morte de um idoso. Ele estaria andando de bicicleta quando tropeçou em um buraco e bateu a cabeça. Segundo o integrante do “Provoca Ação”, o homem não pôde ser atendido em Buritizeiro, devido à interdição do hospital, e nem foi socorrido em Pirapora (MG). O idoso teria morrido enquanto era transportado para Montes Claros (MG).
Os manifestantes foram recebidos pelos vereadores em uma reunião extraordinária na Câmara de Buritizeiro. Segundo o presidente do Legislativo, Jorge Humberto Rodrigues, as reinvindicações foram oficializadas em um documento entregue ao prefeito nesta terça-feira (14/01). Ainda de acordo com ele, a Câmara vai acompanhar as providências que serão tomadas pela Administração.
O QUE DIZ O PREFEITO
Já o prefeito da cidade, Luiz Carneiro de Abreu Júnior, disse que as chuvas, que levaram o município a decretar estado de emergência, agravaram a situação das ruas. Segundo o chefe do Executivo, o serviço de tapa-buracos precisa de um investimento de R$ 4 milhões. O município conseguiu parte desse recurso e a recuperação das vias deve começar em março.
O prefeito disse que ainda tenta conseguir mais verba para que o problema seja sanado. Uma reunião com o grupo Provoca Ação está marcada para a segunda-feira (20/01).
Ainda de acordo com Luiz Carneiro, a interdição do hospital é um problema existente há cinco anos, um projeto de reforma do prédio está sendo elaborado e será encaminhado para a Secretaria de Saúde de Minas Gerais. O gestor informou também que o secretário de Saúde do Estado teria autorizado um convênio que permite a licitação da obra e a aquisição de materiais.
Sobre o caso do idoso que teria morrido após cair em um buraco e não conseguiu atendimento, a assessoria de comunicação da Prefeitura disse que o homem tinha problemas de saúde e que sua morte não está relacionada com a queda.
(Informações do G1)
