O corpo encontrado em avançado estado de decomposição em um matagal, próximo ao aeroporto de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, é da aposentada Dejanira Gomes Pinheiro, de 78 anos. Ela estava desaparecida desde a manhã de 1 de janeiro.
A aposentada sofria de Mal de Alzheimer
O corpo foi encontrado por três crianças de 8, 12 e 14 anos, que procuravam frutas silvestres na região, na tarde desta segunda-feira (13/01).
“Os meninos chegaram em casa assustados, dizendo que haviam encontrado um crânio”, contou o pai das crianças. Foi ele quem acionou a Policia Militar.
O corpo da aposentada foi reconhecido pelos seus filhos, o cabelereiro Leotário Gomes Macedo, 41 anos e o ajudante de pedreiro Antônio Gomes Pinheiro, 46 anos.
O reconhecimento só foi possível porque a aposentada usava uma medalhinha no pescoço, presente de um dos seus filhos.
A aposentada sofria de Mal de Alzheimer, uma doença neuro-degenerativa que provoca confusão mental, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem e perda de memória a longo prazo. A doença leva também o paciente a desligar-se da realidade.
Ela morava com dois filhos e três netos em uma casa da avenida Luiz Gonzaga, 134, no bairro Canoeiro.
Um dos netos, de 16 anos, contou que na manhã do primeiro dia do ano, a avó se preparou e saiu de casa sozinha. Desde então, não foi mais vista.
A hipótese mais provável é que ela saiu de casa, andou pelo menos 3 km, passou na casa de uma mulher no bairro Pipoca e depois seguiu pela rodovia, adentrou o matagal e se perdeu.
A família comunicou o fato à polícia e iniciou uma busca incessante. Foram espalhados inúmeros cartazes em Araçuaí e cidades vizinhas.
O sepultamento deverá ocorrer na terça-feira (14).
Moradores da região onde o corpo da aposentada foi encontrado, reclamam que os proprietários não fazem a limpeza do loteamento. “O local é usado para prostituição, desova de motos furtadas e uso de drogas”, disse um morador. “Se a área estivesse limpa, certamente a aposentada seria encontrada”, acredita o morador que pediu para não ser identificado.
(Fonte: Gazeta de Araçuaí)
