Lágrimas, abraços e sorrisos. Foi assim que o encontro de família realizado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) aconteceu, nesta sexta-feira (06/10/2017). O encontro seria entre a mãe, Sidonila Souza de Jesus, de 77 anos, dois irmãos, Carlos Roberto Souza, de 58, e Sebastião de Souza, de 47, com duas irmãs, Maria das Graças Oliveira, de 53 anos, e Milene de Oliveira, de 48, que estavam separados há 46 anos. Mas Milene e Maria das Graças, que estavam juntas devido a outro encontro realizado pela PCMG, no último dia 22 de setembro, ganharam uma grande família, já que Sidonila estava acompanhada de cerca de 20 pessoas, entre filhos, genros, noras, netos e bisnetos.
A mãe alega que teve uma vida difícil, pois sofria violência do marido, pai de seus filhos. Com isso, aos 30 anos, ela fugiu de casa quando estava grávida de Sebastião. O pai entregou as duas irmãs, com 5 e 3 anos, na época, a uma pessoa desconhecida na Estação Ferroviária de Governador Valadares e, após um tempo, Carlos Roberto não aguentou a violência sofrida e, aos 7 anos, também saiu de casa.
O primeiro encontro, entre as irmãs, se deu pelo fato de Alice Zottller, de 27 anos, filha de Maria das Graças ter procurado a PCMG pedindo o reencontro. Ela alega que a mãe sempre teve a necessidade de encontrar a irmã. “Minha mãe contou essa história a vida toda e agora ela não pode reclamar que não tem família”, brincou. No dia do reencontro entre as duas irmãs, elas fizeram um apelo para reencontrar o irmão.
Com a divulgação na imprensa, um dos filhos de Sidonila, de outro relacionamento, reconheceu a história que a mãe sempre contou. Sidonila procurou a PCMG com o intuito de reencontrar as filhas. Ela ligou para Carlos Roberto, que também já tinha reconhecido as irmãs pelo encontro noticiado. “Quando eu vi o encontro na TV, eu tive a certeza que eram as minhas irmãs, eu chorei muito”, disse emocionado.
Antes do encontro, a mãe estava muito ansiosa. “De uns dois meses para cá, eu sentia muita falta. Parecia que eu estava adivinhando”, disse. Apesar de Sebastião ainda não conhecer as irmãs, a expectativa era grande: “Neste ano eu comentei que tinha vontade de conhecer as minhas irmãs. Minha mãe e o Carlos sempre falaram delas”.
Quando a família se encontrou, ninguém conseguiu segurar as lágrimas. “Agora só largo elas quando Deus me levar”, disse a mãe emocionada. Todos se abraçaram emocionados e disseram que agora não querem perder o contato.
A Delegada Maria Alice Faria destacou a importância da divulgação para que este segundo encontro fosse possível. “Foi pela imprensa que eles se reconheceram. A mãe procurou a PCMG quando viu o encontro entre as irmãs”, disse. “O encontro de família não caracteriza um desaparecimento, mas a Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida realiza este evento como extensão de seu trabalho”.
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(Fonte: PCMG)