Júpiter tem um campo magnético ainda mais intenso do que se imaginava, seus polos turbulentos são diferentes de tudo que os cientistas já viram e os padrões atmosféricos vistos no topo das nuvens se aprofundam por centenas de quilômetros.
Essas são algumas das descobertas feitas pela sonda Juno, que desde 5 de julho do ano passado orbita o maior planeta do Sistema Solar. Na quinta-feira, os cientistas envolvidos com a missão apresentaram os primeiros resultados científicos consolidados, publicados na revista “Science”.
De sua órbita polar inédita em torno do gigante gasoso, a Juno mostrou, por exemplo, que os característicos cinturões de nuvens das regiões equatoriais de Júpiter dão lugar a uma miríade de ciclones com cerca 1.400 quilômetros de diâmetro à medida que a perspectiva se move para os polos.
Dados coletados pela sonda também indicam que a atmosfera sob as nuvens do planeta não é um tanto homogênea como se pensava, mas tomada de bolsões de substâncias como amônia.
“É surpreendente o quão diferente Júpiter é do que pensávamos”, comentou Scott Bolton, cientista chefe da missão junto ao Instituto de Pesquisas Southwest, no Texas, em teleconferência promovida pela Agência Espacial Norte-Americana.
“A Juno está nos dando observações únicas sobre a aparência e o interior de Júpiter. Olhando o interior de perto pela primeira vez estamos vendo que a atmosfera sob as nuvens, que pensava-se uniforme, é qualquer coisa menos isso. Além disso, nos polos estamos vendo formações complexas que não se parecem nada com a aparência do planeta no equador, o Júpiter com seus cinturões que sempre amamos”, completou o especialista.
A Juno foi enviada para o espaço em 2011 para explorar Júpiter. Depois de uma viagem de cinco anos, a sonda finalmente chegou ao destino. Ela deverá completar 37 órbitas e terminar a missão em fevereiro de 2018.
Imagem recente divulgada pela Nasa (Divulgação)
Imagem recente divulgada pela Nasa (Divulgação)
(Via O Tempo)
