Mesmo com o fim de grandes pirâmides, como a TelexFree e a BBOM, pequenos esquemas continuam surgindo na internet e fazendo vítimas. Na Bahia, um rapaz que resolveu entrar em um destes esquemas decidiu que não iria sair no prejuízo, indo cobrar do divulgador a quantia investida. O fato ocorreu na manhã nesta quinta-feira (22/12/2016), em Lauro de Freitas. Alan Patrick de Santana foi preso, suspeito de matar Pedro Henrique de Cardoso Silva.
A vítima era um divulgador da pirâmide “Mandala”, um novo esquema surgido há poucos meses no Acre, e que vem crescendo rapidamente. Alan entregou R$1.000 para que Pedro o incluísse no “sistema” e então passasse a receber rendimentos pelo cadastramento de novas pessoas.
Só que os pagamentos não aconteceram e então suspeito foi exigir que a vítima lhe devolvesse o dinheiro investido. Com a recusa do divulgador em devolver o montante, o investidor buscou uma arma calibre 380 em casa e matou o Pedro com vários tiros a queima roupa.
Após o homicídio, o suspeito fugiu, mas foi preso rapidamente, em flagrante, pela Polícia Militar. Alan Patrick foi levado para o complexo policial da cidade, onde confessou o crime e permanece à disposição da Justiça.
Ministério Público investiga “Mandala”
O Ministério Público abriu investigação para chegar aos responsáveis pelo esquema “Mandala”, no WhatsApp, e enquadrá-los em crime contra a economia popular, cuja pena, além do pagamento de multa, rende prisão de seis meses a dois anos. O promotor de São José do Rio Preto (SP) e secretário executivo da Justiça Criminal, José Heitor dos Santos, solicita a abertura de inquérito policial, onde seja decretada prisão preventiva dos praticantes da “Mandala”.
“Todos, quem depositou e quem organiza, poderão ser presos preventivamente a partir da abertura do inquérito”, disse o promotor. A decisão foi tomada durante reunião com todos os promotores criminais de Rio Preto. Dos 11 promotores, oito compareceram. “Ficou decidido, por unanimidade que em tese a mandala trata-se de um crime contra a economia popular”, disse Santos. “A mandala tem todos os indícios de uma pirâmide. Fiz um levantamento que mostra que, entre 100 participantes, dez vão receber. Outros 90 ficam no prejuízo.”
Esquema faz vítimas em Minas
O esquema também faz vítimas em Minas Gerais. O Aconteceu no Vale apurou que em Montes Claros, Ipatinga, Governador Valadares, Teófilo Otoni, entre outras cidades da região, já existem pessoas administrando grupos. A prática criminosa já está na mira das autoridades mineiras.
Pedro Henrique foi morto a tiros em Lauro de Freitas (Foto: Divulgação)
(Com informações do Vitória da Conquista Notícias)
