O prefeito eleito em Montes Claros, na região Norte de Minas Gerais, já está negociando a redução do orçamento municipal de 2017 de R$ 1.509 bilhão para R$ 1.159 bilhão, com a queda de R$ 350 milhões. Nesta quarta-feira (09/11/2016), foi realizada uma reunião com o objetivo de analisar quais os gastos podem ser cortados.
Para 2017 houve um acréscimo de 4,5%, comparado ao desse ano. A principal preocupação de Humberto Souto é com os empréstimos inseridos no orçamento, que totalizam aproximadamente R$ 350 milhões. Apesar de todos os financiamentos terem sido autorizados, o prefeito eleito pediu a exclusão deles, pois não tem interesse de contrair esse tipo de financiamento, e o objetivo é cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Um dos motivos para a adequação do orçamento de 2017 é que a prestação de contas do segundo quadrimestre realizada no dia 30 de setembro mostrou uma situação preocupante da Prefeitura de Montes Claros, pois teve uma receita de R$ 403.506.587,82 e uma despesa empenhada de R$ 562.151.017,92, o que implica em déficit de R$ 158.644.430,10. A receita prevista era de R$ 1.466.354.000,00 e a realizada foi de apenas R$ 403.506.587,82, o que dá a uma diferença de 72,4%, ou seja, R$ 1.062.847.412,18.
Somente em arrecadação própria, com os impostos e taxas municipais, a Prefeitura de Montes Claros chegou aos 39,8% do previsto, pois tinha projetado R$ 927.894.000,00 e conseguiu R$ 369.603.116,90, ou seja, uma queda de 60,2%. As receitas de capital é que mostram o caos financeiro da Prefeitura, pois tinha a previsão de arrecadar R$ 487.020.000,00 e só alcançou R$ 2.307.714,23, ou seja, menos de 5% do montante estimado. Isso comprova o orçamento fictício. Nas operações de crédito foram estimados R$ 285.150.000,00 e na alienação de imóveis R$ 110.200.000,00, mas não se conseguiu um centavo nesses dois itens.
Humberto Souto, prefeito eleito em Montes Claros (Foto: Divulgação)
(Com informações do site WebTerra)
