Finalista da Copa do Brasil, o Atlético ficou mais distante do sonho de conquistar dois títulos nacionais na temporada. Com alguns titulares poupados e novo terceiro uniforme, o Galo teve atuação ineficaz diante do Coritiba, neste domingo (06/11/2016), no Couto Pereira, e acabou derrotado por 2 a 0, em duelo pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Raphael Veiga, em belo chute de fora da área, e Kleber Gladiador, de pênalti, marcaram os gols da vitória do Coxa.
O resultado negativo na capital paranaense não tira a chance matemática, mas deixa remota a pretensão de título do Alvinegro, que fica na quarta colocação, com 60 pontos, dez a menos que o líder Palmeiras. Já o Coritiba, na luta para escapar do rebaixamento, chega a 42 pontos, na 14 ª posição da tabela.
Com a pausa no Campeonato Brasileiro para os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo, o Atlético volta a campo somente em 17 de novembro. O Galo recebe o Palmeiras, numa quinta-feira, às 21h, no Independência, em última cartada na briga pela taça. Um dia antes, o Coritiba enfrenta o Santa Cruz, no Couto Pereira.
Victor fecha o gol na primeira etapa
Atlético e Coritiba não tiveram muita contundência no início da primeira etapa. O time da casa criou a primeira chance de perigo aos 16 minutos. Kleber recebeu na entrada da área, girou o corpo e arriscou o chute. Victor saltou no cantinho esquerdo e fez boa defesa, espalmando para escanteio. Dois minutos depois, o Coxa assustou a meta alvinegra novamente. Livre na grande área, Iago aproveitou cruzamento da direita e desviou de cabeça, e a bola tocou no lado contrário da rede.
Aos 23 minutos, o Atlético conseguiu responder às investidas do Coritiba. Em rápida jogada, Lucas Pratto tabelou com Fábio Santos, invadiu a área, ficou de frente para o gol, mas acabou travado por Amaral no momento da conclusão. Apesar do susto, os paranaenses mantiveram o ímpeto no ataque e só não abriram o placar devido à intervenção de Victor. O venezuelano César Gonzalez cobrou falta na meia-lua. A bola passou pela barreira, foi no canto esquerdo, e o goleiro atleticano fez outra grande defesa, mandando pela linha de fundo.
Mais efetivo no ataque, o Coritiba explorava as jogadas pelas laterais, enquanto o Atlético suportava a pressão, sempre à espera de oportunidades para o contra-ataque. Apesar da formação ofensiva, com Cazares, Otero, Luan e Pratto, o time mineiro teve problemas na criação e pouco ameaçou durante o primeiro tempo. Já o setor defensivo deu brechas para finalizações de longa distância, como na outra tentativa de Kleber, aos 34 minutos. Victor, no entanto, fez mais uma defesa importante no Couto Pereira.
Golaço e Kleber complicam sonho atleticano
E a estratégia de arriscar chutes de fora da área deu resultado ao Coritiba. Logo aos sete minutos do segundo tempo, Raphael Veiga ficou com a sobra na intermediária, dominou e, no quique da bola, soltou a bomba. A bola foi no ângulo direito de Victor e ainda tocou no travessão antes de entrar: golaço do Coxa!
Vendo as chances na briga pelo título desaparecerem, o técnico Marcelo Oliveira resolveu tirar Robinho do banco. Poupado, o atacante entrou aos 16 minutos, na vaga de Luan, pouco efetivo no jogo. A alteração não surtiu efeito, e o Galo continuou ineficaz em campo. Para tentar reverter a situação, o comandante alvinegro decidiu realizar mais duas substituições: Maicosuel, de volta ao time após lesão, assumiu o lugar de Cazares; e Fred, que também havia sido poupado, entrou para a saída de Otero.
Mesmo com a linha ofensiva reforçada, o Atlético não conseguiu criar jogadas perigosas. A equipe tentou lançamentos e inversões, mas pecou nos erros. Nos minutos finais, o Coritiba recuou e dificultou ainda mais as ações atleticanas. Nos acréscimos, o Galo levou mais um golpe. Patric derrubou Kazim dentro da área, e o árbitro assinalou pênalti. Na cobrança, Kleber Gladiador deslocou Victor, mandou no cantinho direito e definiu o placar no Couto Pereira: 2 a 0.
Robinho vê atuação apagada do time
“O sentimento é de tristeza. A gente sai chateado porque queria continuar na briga pelo título, mas não fizemos um grande jogo. A gente queria somar esses três pontos, mas não conseguimos. Infelizmente, não estávamos em um dia legal, analisou o jogador.
“Temos que levantar a cabeça e tentar ganhar os próximos jogos, principalmente a opa do Brasil, que é o objetivo mais próximo”, completou Robinho, que entrou no segundo tempo, no lugar de Luan.
Marcelo Oliveira avalia que faltou agressividade à equipe
“Vi com indignação. Tínhamos hoje a oportunidade de passar o Flamengo, encostar novamente, mas rendemos muito pouco em relação à expetativa e a preparação que tivemos para buscar a vitória. Ficamos muito coma a bola, mas muito passivos para agredir, atacar”, analisou o treinador.
“Sofremos o gol no início do segundo tempo, em uma felicidade do adversário. Depois, tentamos colocar um time mais ofensivo, mas desorganizou um pouco e foi, realmente, um jogo muito ruim do Atlético. Temos que nos cobrar mais porque temos uma decisão pela frente. No Brasileiro, o título fica impossível, mas temos que lutar para ficar próximos do primeiro colocado”, acrescentou Marcelo.
O comandante alvinegro deu méritos ao time paranaense e reafirmou que o Galo precisava ter tido uma postura bem mais agressiva no jogo. “Um pouco pela marcação do Coritiba, que foi muito boa, e um pouco a passividade. A gente tinha que fazer um jogo mais agressivo, om uma movimentação maior. Por mais que a gente tivesse trocado duas ou três peças, mais em função de desgaste do que por opção tática, tínhamos um time equilibrado jogando. Não funcionou, poucas finalizações e muita passividade para um time que está lutando lá em cima. A gente podia até perder, mas não com essa passividade. Temos que nos indignar, treinar forte e corrigir algumas situações”, avaliou Marcelo Oliveira.
O técnico atleticano concluiu afirmando que irá cobrar uma resposta do elenco. “Claro que a Copa do Brasil está mais palpável, são dois jogos, mas temos objetivos ainda no Brasileiro. Esse time, com o elenco que tem, o trabalho comprometido dos jogadores e a união, tem que estar lá na frente. Temos que buscar isso independente do que acontecer na Copa do Brasil. Temos que nos indignar com esse jogo e reagir porque, embora os jogadores tenham lutado, foi muito pouco o que a gente apresentou”.
(Fonte: Super Esportes e Site Oficial do Atlético-MG)