Vice-prefeito e dois vereadores de município do Norte de Minas são condenados por crimes eleitorais

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O vice-prefeito e dois vereadores de Monte Azul, no Norte de Minas, foram condenados por transporte irregular de eleitores e compra de votos na eleição de 2014. Eles foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) com base em informações obtidas pela Polícia Federal (PF) em 2014 na operação Curinga, deflagrada para apurar denúncia de fraude em aposentadorias rurais.

Por meio de interceptação telefônica, realizada durante o processo eleitoral de 2014, a PF teria constatado que funcionários do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Monte Azul e políticos da cidade se associaram para obter ilicitamente votos da população fornecendo transporte ilegal de eleitores, material de construção e de higiene pessoal, além de bens e serviços públicos.

Com base na denúncia do MPMG por crime eleitoral, o vice-prefeito foi condenado a dois anos e quatro meses de reclusão e 16 dias-multa por compra de votos e sete anos e 249 dias-multa por transporte irregular de eleitores. O dia-multa foi fixado em meio salário mínimo. O vereador foi condenado a dois anos de reclusão e 11 dias-multa por compra de votos e seis anos, nove meses e 18 dias e 251 dias-multa por transporte irregular de eleitores. E a vereadora foi sentenciada a um ano, dois meses e 12 dias de reclusão e seis dias-multa por compra de votos e a seis anos e 246 dias-multa por transporte ilegal de eleitores. O dia-multa foi definido em um terço do salário mínimo. Nos três casos, o regime inicial é semiaberto e eles poderão recorrer em liberdade.

Segundo a Promotoria de Justiça de Monte Azul, os dois vereadores e o atual vice-prefeito utilizavam seus cargos no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Monte Azul para montar a fraude, “pois atuavam dentro da entidade na indução, cooptação, direção dos votos dos eleitores que procuravam o sindicato, mediante a intermediação de procedimentos de aposentadoria rural e outras vantagens”.

De acordo com a denúncia, o vice-prefeito, que acumulava o cargo de secretário de obras de Monte Azul, além de ser tesoureiro do sindicato, e os dois vereadores, também funcionários da entidade, em troca de votos, também ofereciam “cimento, combustível, canos, transporte, dentadura, conserto mecânico, bem como transporte no dia da eleição”.

(Fonte: MPMG)

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