Candidato a vice-prefeito na chapa de Ruy Muniz protocola renúncia

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O médico Danilo Fernando Macedo (PMDB) que era candidato a vice-prefeito na chapa de Ruy Muniz (PSB), prefeito afastado e candidato à reeleição anunciou na tarde desta sexta-feira (16/09/2016) a sua renúncia. Ele protocolou o pedido na Justiça Eleitoral. Ruy Muniz teve prisão preventiva decretada pela Justiça e está foragido, mas a candidatura dele esta mantida já que havia sido deferida pela Justiça Eleitoral. A prisão foi decretada na quarta-feira e ele não foi encontrado. Se Muniz não for preso até a meia noite de hoje, ele poderá continuar com a campanha até dia 02 de outubro, pois a legislação eleitoral não permite prisão de concorrente a cargos eletivos até 15 dias antes da votação.

No pedido de renúncia encaminhado ao TRE, Danilo diz; “diante das circunstâncias em que o candidato a prefeito desta nossa coligação não se encontra, neste momento, e por for judicial, em pleno gozo de seus direitos políticos e do exercício de sua cidadania, além de estar impossibilitado de exercer a função de administrador público por determinações judiciais proferidas por dois juízes que atuam em processos distintos, não resta a mim outra opção”, afirma.

O PMDB ainda não informou se vai indicar outro nome para compor a chapa. A coligação tem outros partidos como PTB, PSD e PRB.

Muniz foragido

Ruy Muniz é candidato a novo mandato à frente da prefeitura e vinha intensificando a campanha, com caminhadas e várias reuniões nos bairros. Ele já tinha sido detido em 18 de abril deste ano, pela suspeita de prejudicar hospitais conveniados do SUS em Montes Claros para favorecer um hospital da entidade educacional de sua família. Inicialmente, ficou no Presídio Regional de Montes Claros e depois passou a cumprir prisão domiciliar, que foi revogada no final de agosto pelo Tribunal Federal da Primeira Região de Brasília.

Na semana passada, Ruy Muniz e a mulher dele, a deputada federal Raquel Muniz (PSD), foram alvo de operação da Polícia Federal e da Receita Federal, desencadeada para investigar suspeitas fraudes e sonegação de impostos pelas instituições de ensino e de saúde vinculadas à rede educacional, Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), administrada pela família do casal. Foram cumpridos vários mandados de busca e apreensão e 11 pessoas foram levadas coercitivamente para prestar depoimentos.

Durante as investigações da “Operação Tolerância Zero”, foi verificado que um rápido aumento de consumo de combustíveis pela frota da Esurb, que passou de 15 mil litros em janeiro de 2013 para 25 mil litros em fevereiro do mesmo ano. Em maio do mesmo ano, o prefeito editou decreto, que autorizava a Esurb a realizar a subcontratação de outras empresas para executar obras públicas, permitindo assim, de acordo com as investigações, a participação de empresários investigados de participação em esquema fraudulento. Para apenas dois empresários foram pagos R$ 7,5 milhões, que seriam referentes à locação de máquinas.

Promissórias

Na operação deflagrada nesta quinta-feira também são investigadas suspeitas de irregularidades na compra da casa onde reside a família de Ruy Muniz, localizada no Bairro Ibituruna. As suspeitas foram levantadas durante a Operação Catagênese, desencadeada em março de 2015 pelo Ministério Publico Estadual e Fazenda Estadual, que investigou esquema de desvios de verbas das prefeituras na compra de combustíveis.

Campanha nas barbas da polícia

Ruy Muniz poderá reaparecer e fazer campanha eleitoral nas barbas da Polícia Civil de Minas a partir de sábado, dia 17. Candidato à reeleição, ele poderá se beneficiar de uma regra da legislação eleitoral: nos 15 dias que antecedem o pleito, marcado este ano para 2 de outubro, nenhum concorrente a cargo eletivo pode ser preso ou detido – salvo em caso de flagrante delito.

Documento encaminhado ao TRE



(Fonte: Estado de Minas/Luiz Ribeiro)

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