Ex-atleta de Timóteo vive expectativa de herdar medalha dos Jogos Olímpicos de Pequim

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A ex-atleta olímpica de Timóteo (MG), Lucimar Moura, não escondeu a felicidade após a atleta russa, Yuliya Chermoshanskaya, ser flagrada nos exames de antidoping pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), com resultado divulgado nesta terça-feira,16. Com isso, as atletas brasileiras que disputaram os jogos de Pequim, em 2008, na prova de revezamento 4×100 feminino, vivem a expectativa de herdar a medalha de bronze.

“Eu estava em casa assistindo os jogos do Rio 2016. E uma amiga, que estava lá no Rio de Janeiro, ligou para mim falando da notícia. Eu não liguei muito, fiquei concentrada na TV. Mas aí a Rosemar Coelho, que fazia parte do time, ligou para mim falando: ‘Nós somos medalhistas olímpicas!’. No momento a ficha demorou a cair, mas depois eu comecei a mudar de canal e ver as noticiais sobre esse caso.”, disse Lucimar.

Lucimar Moura no revezamento da Tocha da Rio 2016 (Foto: Divulgação)

Em 2008, o time do revezamento era composto por outras três atletas, Thaissa Presti, Rosângela Santos e Rosemar Coelho. A atleta de Timóteo acreditava que naquele dia, o sonho de subir ao pódio era muito grande.

“No revezamento tem as equipes favoritas do EUA, Jamaica e Rússia também. Porém como as atletas da Jamaica e EUA foram punidas, a nossa expectativa aumentou e as das outras equipes também. E nas provas de revezamento o que conta são os detalhes. Se algum país deixar o bastão cair no chão ou errar durante a passagem, uma ou outra equipe pode ganhar a prova. E naquele dia, nós e os outros países, não tivemos nenhum erro.”, revela a ex-atleta timotense.

Lucimar Moura revela ainda a aflição que passou no dia da prova. “Na hora que estamos ali dentro da pista, e naquele momento eu fui a segunda, eu tive que ver a corrida da terceira e quarta colocada. Eu senti que dava para nossa equipe conquistar uma medalha, mas infelizmente ficamos em quarto. Mas a equipe estava bem motivada e treinada, a sensação era de que nós iríamos subir no pódio.”, conta Lucimar.

Sem correr oficialmente há três anos, Lucimar Moura tem hoje um estilo de vida bem diferente. A ex-atleta, que passou boa parte de sua carreira nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, se dedicando ao esporte, retornou a sua cidade natal para cuidar de sua filhinha de seis anos. Mesmo vivendo essa nova fase da vida, não consegue segurar a ansiedade em receber a medalha.

“A emoção toda é ali na hora da competição, mas agora não teremos mais isso. Mas espero que a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) façam alguma coisa para gente.”, disse a ex-atleta.

Em nota, a CBAt e o COB disseram que ainda não foram notificados pelo Comitê Olímpico Internacional em relação ao caso.

Lucimar Moura durante prova do Troféu Brasil (Foto: Agência Luz / BM&FBOVESPA)

(Fonte: Site Globo Esporte / Reportagem: Pedro Samora)

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