QUANDO CONVERSAMOS COM A CRIANÇA, ELA ADOLESCENTE SABERÁ OUVIR, E QUANDO ADULTA CONSEGUIRÁ CONVERSAR

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Conversar com a criança, desde o momento da gestação, transmitirá segurança porque o som da voz da mãe é reconfortante. Cantar, principalmente fazendo gestos e expressões faciais, fará com que a criança responda com sorrisos e expressões.

Contar histórias imitando os sons dos animais, mudando de voz a cada personagem, fará com que a criança fique cada vez mais atenta e concentrada, desejando imitar.

Conversar com a criança, por mais nova que seja, por meio de frases completas, diálogos com lógica e coerência, e não apenas poucas e soltas palavras e/ou somente repetindo as poucas palavras que ela sabe, estimulará o desenvolvimento cognitivo, psicológico, social, além de enriquecer o vocabulário da criança, de forma eficiente e tranquila.



A tendência é que a criança vá crescendo e desejando ter seus próprios interesses e então, caso não tenha o hábito do diálogo desenvolvido na infância, entrará na pré-adolescência e adolescência cada vez mais imersa em seu próprio mundo e passará a não querer ouvir mais nenhum adulto. O que poderá leva-la para quadros de depressão ou preferência por grupos que se juntam pelas características de isolamento.

Nesta fase, em que há maior necessidade de aproximação dos pais, troca de afetos, compreensão e, sobretudo paciência e muito amor, caso a infância não tenha oportunizado este contato, a relação poderá ficar ainda mais distante e complexa. Fazendo com que este, que agora adolescente, se transforme num adulto sem habilidades para conversar.

Esse é um ciclo complexo e preocupante porque a criança que não vivenciou diálogo, que por consequência não se abriu para a escuta na adolescência, se transforma no adulto preparado para continuar o mesmo processo na constituição de sua própria família e educação dos próprios filhos.

É urgente que olhemos para nossas crianças compreendendo que elas serão os adultos que darão continuidade à nossa existência e processo de interação na sociedade.

Quanto menos paciência e tempo os adultos tem para as crianças, menos paciência e tempo elas terão para os eles quando estes pensarem que chegou a hora de ensinar-lhes algo. Ensinar é um processo contínuo. Não existe “hora certa”. Toda momento é hora de ensinar e aprender.

Conversar com a criança é contribuir para melhorar a comunicação do futuro.


Quem é Marli Andrade?

Marli Andrade é Psicanalista e Psicopedagoga, Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade Argentina John Kennedy em Buenos Aires, defendendo a tese: “A influência da subjetividade nas interações profissionais”.

Autora de Literatura Infantojuvenil com o propósito de contribuir para que as crianças cresçam com equilíbrio emocional, autoestima e habilidades para interações intra e interpessoal tranquila e eficiente.

Escritora do livro “Primeiro você sonha, depois você dorme”, catalogado pela Câmara Nacional do Livro, sob o catálogo sistemático: Autoconhecimento, Comportamento social, Conduta de vida, Equilíbrio (Psicologia), Inconsciente, Realização pessoal, Relações interpessoais, Sonhos e Sucesso profissional.

Atua com palestras e treinamentos em instituições públicas e privadas, disponibilizando técnicas para que cada participante possa construir suas próprias estratégias para a gestão intra e interpessoal.

Marli Andrade
Psicanalista e Psicopedagoga
Doutoranda em Psicologia Social
Autora de Literatura Infanto Juvenil
Site: www.marliandrade.com.br

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