A rede mundial de computadores modificou o mundo em que vivemos como um todo. As relações sociais, o conhecimento, as transações bancárias, o acesso à cultura, a gastronomia, praticamente tudo o que conhecemos na sociedade globalizada foi afetado pelo clique rápido dos computadores, celulares, tablets e até relógios inteligentes.
Nada, porém, tenha se transformado mais do que as relações de consumo. Em cinco anos, as vendas pela internet cresceram mais de 100%, segundo revela estudo do portal The Statistics. Antes, era necessário ir à uma locadora para alugar um filme. Hoje, pode-se assisti-lo no celular, pagando uma quantia mensal ou individual.
Com música é quase da mesma maneira, pouca gente compra um CD. Prefere ouvir seu artista favorito utilizando-se de serviços de streaming que podem funcionar com ou sem internet. Praticamente não há mais lojas de CDs ou locadoras, poucas conseguiram sobreviver.
No momento, a grande revolução silenciosa vem acontecendo no setor da gastronomia e dos serviços de delivery. Se antes apenas pizzas e comida chinesa eram populares e podiam ser entregues na casa do consumidor, hoje o leque se abriu. Aplicativos e sites trabalham em quase todo o país e oferecem de tudo.
Sopas, tortas de chocolate, comida italiana, japonesa, fast-food, doces, além das já citadas pizza e comida chinesa. Rápido, sem burocracia e sem intermediários. Toda uma cadeia empresarial é modificada com esta prática, empresas familiares e artesanais trabalham muito bem, pagando menos impostos e desburocratizando o setor.
As antigas cooperativas de táxis também já estão trabalhando através de aplicativos, seja ainda no regime tradicional ou como Uber – ainda não totalmente regulamentado, mas já em ação em diversas cidades brasileiras – e assim, todos os setores vão passar a funcionar desta forma muito em breve.
A princípio, existe o temor do desemprego, mas a sociedade é dinâmica e vai conseguir se adaptar. Os antigos funcionários assalariados poderão se tornar donos de seus próprios negócios. O transporte destas encomendas vai injetar muito dinheiro na economia, além de absorver grande parte da mão de obra que trabalhava em lojas físicas.