Convênio garante R$ 12 milhões para trabalhadores rurais sem terra em Minas Gerais

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O secretário de Estado de Desenvolvimento Agrário, Professor Neivaldo, assinou nessa quarta-feira (11/5), convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no valor de R$ 12 milhões para o desenvolvimento de assentamentos em Minas Gerais. Os investimentos vão beneficiar diretamente 4,5 mil famílias, de 90 assentamentos de nove territórios de desenvolvimento: Metropolitano, Mata, Sul, Triângulo Norte, Triângulo Sul, Norte, Central, Oeste, Vale do Rio Doce.

Do total de R$ 12 milhões, R$ 4,5 milhões serão liberados neste mês. O restante será disponibilizado em 2017 e 2018. A ideia do convênio é promover a agregação de valor aos produtos da reforma agrária, por meio da implantação e estruturação de agroindústrias familiares. Outro objetivo é apoiar a comercialização e a realização de feiras, como o Festival Nacional de Arte e Cultura da Reforma Agrária, que será realizada pela primeira vez em Belo Horizonte, de 20 a 24 de julho.

Para Professor Neivaldo a assinatura do convênio com o Incra reforça o compromisso da Seda com os movimentos sociais, com os trabalhadores rurais sem terra, com a produção agroecológica e com os assentados da reforma agrária.

“O desenvolvimento agrário envolve vários aspectos da agricultura familiar e a valorização e a divulgação da arte e da cultura do homem e da mulher do campo integram esse esforço da secretaria em promover a cidadania no meio rural”, diz o secretário.

O superintendente regional do Incra, Gilson de Souza, classificou a parceria como “histórica”. O convênio permite à Seda executar ações do Terra Sol, programa do Incra para o desenvolvimento de assentamentos da reforma agrária.

“O instituto não tem pernas e braços suficientes para abarcar todo o estado. Daí a razão maior da importância desse convênio para que a Seda possa estender as pernas e braços do Incra e atender nosso público preferencial. É uma parceria saudável que unifica movimento social, governo estadual, prefeituras e governo federal”, diz o superintendente do Incra.

Além da realização de feiras, os investimentos serão usados para elaboração de projetos de engenharia, contratação de serviços, realização de obras e aquisição de equipamentos, caminhões e kits feiras.

Dia histórico

Segundo o dirigente do setor de produção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Filipe Russo, o convênio vai ajudar a estruturar a agroindústria no campo, nos assentamentos, gerando emprego e renda. “Vai fortalecer as cooperativas, os grupos de mulheres e jovens, que estão sendo organizados em todo território mineiro”, afirma.

Para Russo, com a assinatura do acordo, o Festival Nacional de Arte e Cultura da Reforma Agrária começa a sair do papel. “É um dia histórico. Os agricultores familiares, os quilombolas, os indígenas e os assentados vão mostrar que a reforma agrária também se desenvolve em Minas Gerais, por meio da produção agroecológica e as agroindústrias do campo”, ressalta.

Assinatura de convênio com o Incra (Foto: Divulgação/Seda)

(Agência Minas)

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