Comissão estuda divisão do dinheiro doado às vítimas da tragédia em Mariana

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A comissão criada pela prefeitura de Mariana (MG) para gerir as doações financeiras recebidas de todo país, após o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, que devastou o distrito de Bento Rodrigues, no dia 5 de novembro, está analisando a partilha do dinheiro entre as famílias atingidas.

A sugestão do prefeito da cidade, Duarte Júnior, e bem aceita pelos membros da comissão, é dividir o dinheiro entre as crianças que foram vítima da tragédia, criando uma poupança que poderá ser usada por elas ao atingir a maioridade.

Mas, de acordo com a prefeitura, ainda não houve definição sobre como o dinheiro será aplicado. Na próxima quarta-feira (13), o grupo terá uma reunião para debater o assunto. “Houve um questionamento a respeito das famílias que não têm filhos e a saída proposta é que quem não tem filhos vai receber o valor equivalente a uma criança, como se tivessem um filho, assim todas as vítimas receberão parte dos recursos. Quem tem vários filhos receberia o equivalente por cada criança”, informou a assessoria de imprensa da prefeitura.

O Conselho Municipal de Gestão de Recursos Financeiros foi criado por meio do decreto 8.059, em 18 de novembro, e é composto por sete representantes: dois moradores de Bento Rodrigues, um membro do executivo, um padre da Arquidiocese, o presidente da subseção da OAB em Mariana, um professor do Instituto Federal de Minas Gerais, em Ouro Preto, e um da associação comercial.

De acordo com a prefeitura, pessoas de todo o Brasil ligaram oferecendo ajuda, após o rompimento da barragem. A partir da demanda, a prefeitura criou uma conta bancária para receber os recursos. O fundo ainda está crescendo, e atualmente tem cerca de R$ 1.020.000,00. Foram recebidas poucas doações acima de R$ 1000,00, a maior parte foram transferências entre 20 e 50 reais.

O representante da Comissão de Moradores de Bento Rodrigues, Antonio Pereira, conhecido como Da Lua, disse que a proposta não foi bem aceita por todas as vítimas e que precisa ser mais discutida. “A população não está muito satisfeita com essa proposta não. Tem pessoas que não tem crianças e receberiam como se tivessem uma criança, muito menos que quem tem vários filhos. Muitos acham injusto”, disse. (Agência Brasil)

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