Mulheres brasileiras têm menos de dois filhos em média

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A taxa de fecundidade da população brasileira registrou queda de 18,6% entre os anos de 2004 e 2014, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados hoje (4) fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais, que usa números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Na década passada, as mulheres do país tinham em média 2,14 filhos, número que caiu para 1,74 em 2014.

Com a queda na taxa de fecundidade, o Brasil fica abaixo do chamado “nível de reposição”, de 2,1 filhos por mulher. A pesquisadora Cíntia Simões explica que, no longo prazo, isso significa que a população tende a ficar menor.

“Termos a taxa de fecundidade abaixo do nível de reposição significa que está tendendo a diminuir a população brasileira ao longo do tempo. Por que já não está diminuindo, se já está abaixo do nível há quase uma década? Porque existe um conceito chamado inércia populacional. A gente ainda tem muitas mulheres em idade reprodutiva como resultado da fecundidade passada que era alta. Mas a tendência é que a população diminua antes de 2060”, disse.

A queda na taxa de fecundidade se deu em todas as regiões brasileiras. No Norte, onde a taxa é maior, o indicador passou de 2,84 para 2,16 filhos por mulher. Já no Sul do país, a taxa de fecundidade chegou a 1,60 filho por mulher.

Faixa etária

Segundo a pesquisa, as mulheres que respondem pela maior parte da fecundidade são as de 20 a 24 anos, com 26,5% do total da fecundidade do país. Nesse grupo, há uma taxa de 91,9 filhos para cada mil mulheres.

O IBGE destaca que as jovens de 15 a 19 anos tiveram uma queda na taxa de fecundidade no período estudado, de 78,8 para 60,5 filhos por mil mulheres. A participação delas na fecundidade total é de 17,4%.

O número é considerado alto se comparado a regiões mais desenvolvidas, como a Europa, onde a taxa de fecundidade está em 16,2 filhos nascidos vivos para cada mil mulheres de 15 a 19 anos.

O maior percentual de jovens com filhos está no Nordeste (35,8%) e, segundo a pesquisa, a maior parte dessas mulheres era preta ou parda (69%) e não estudava (59,7%). (Agência Brasil)

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