Corte de até 30% no Orçamento para 2016 ameaça atividades do Sistema S

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Redução de atividades e projetos já iniciados, assim como diminuição do número de novas vagas, com um decréscimo de até 50 mil daquelas que atendem ao setor rural, e possibilidade de impacto negativo na produção agropecuária. Essas são algumas das supostas consequências do corte de até 30% no Orçamento para 2016 da União com relação a recursos destinados ao chamado Sistema S. A questão foi destacada, nesta quinta-feira (3/12/15), durante audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O Sistema S é um conjunto de nove instituições de interesse de categorias profissionais, estabelecidas pela Constituição Brasileira. Fazem parte do grupo o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Social de Transporte (Sest), Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Na proposta orçamentária para 2016, que tramita no Congresso Nacional, o parecer do relator estaria propondo um contingenciamento de 25% a 30% nos valores destinados ao financiamento do Sistema S. Durante a reunião, representantes de entidades que compõem o grupo solicitaram aos parlamentares da Comissão de Educação que intervenham junto a seus pares da Casa federal, a fim de apelar contra o corte, dados os impactos negativos que a medida poderá causar.

“Atualmente, o Senar oferece cerca de 11,8 mil atividades de formação rural no Estado, alcançando 175 mil pessoas. Se esta redução se confirmar, estamos prevendo uma perda de 50 mil vagas. Isto terá um grave impacto no setor produtivo, que é tão importante no desenvolvimento de Minas Gerais”, lamentou o coordenador de formação profissional do Senar, Luiz Ronilson Paiva.

“O impacto será também para o trabalhador porque significará redução nos serviços prestados a este público. Hoje, o Sesi tem um dos ensinos básicos classificados entre os melhores do País, além de oferecer esporte, lazer, cultura, diversas ações e estudos de segurança e saúde do trabalho. Se a redução se concretizar, trabalharemos para preservar a educação, mas teremos de fazer ajustes em outras áreas”, ressaltou o superintendente do Sesi-MG, Lúcio Sampaio.

(Fonte: ALMG)

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