Cemig monitora reservatórios no Rio Doce

0

A Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig, em conjunto com os consórcios responsáveis pela sua operação, monitora constantemente, em regime de plantão, as três usinas hidrelétricas instaladas no Rio Doce – Aimorés, Baguari e Candonga – que fazem parte das empresas do grupo. O presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos, visita nesta quinta-feira (12/11), a Usina Candonga, no município de Rio Doce (MG).

O rompimento de duas barragens de rejeitos causou uma enxurrada de lama que inundou o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, em Minas Gerais, no último dia 5. A enxurrada atingiu o Rio Doce na sexta-feira (6/11), e chegou à Usina Candonga, da Aliança Energia, da qual a Cemig é sócia.

Os técnicos da Cemig foram chamados para reforçar a operação da usina, pois a situação foi bastante complexa devido ao grande volume e velocidade da lama. “A Cemig ajudou na busca de uma solução para o problema, muito difícil de ser controlado”, afirma o gerente de Planejamento Energético, Marcelo de Deus Melo.

Após a passagem dos rejeitos, Candonga receberá operações de limpeza do reservatório e das comportas. Neste momento, uma draga especial para limpeza de reservatórios emprestada da Usina Mascarenhas, da Escelsa, localizada no Espírito Santo, está na Usina Candonga para ajudar na recuperação do reservatório. O equipamento permite uma limpeza mais profunda, pois tem a característica de triturar sedimentos maiores.

Enxurrada

Os rejeitos chegaram, na manhã de segunda-feira (9/11), à Usina Hidrelétrica Baguari, operada pelo Consórcio UHE Baguari, do qual a Cemig participa, que seguiu todas as medidas definidas pela Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pela Agência Nacional de Águas (ANA).

Ontem (11/11), a Prefeitura de Baixo Guandu (ES) solicitou a Aliança Energia, responsável também pela Usina Hidrelétrica Aimorés, na divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo, a retirada de água limpa para abastecimento de hospitais e escolas da região, utilizando o que ficou armazenado nas turbinas, enquanto os detritos liberados pelo rompimento de duas barragens em Mariana ainda não chegassem à usina.

A Cemig também reforçou o corpo de técnicos para as usinas e está prestando todas as informações solicitadas pelas autoridades municipais, estaduais e federais que acompanham a situação do Rio Doce.

Geração suspensa

As três usinas suspenderam a geração de energia e abriram os vertedouros após o desastre ambiental de Mariana, seguindo as determinações do ONS e ANA.

Conduzidas pelo ONS, as operações de emergência foram realizadas logo após o rompimento das barragens de rejeitos para dar passagem à lama que descia pelo rio, evitando ainda a entrada de detritos nas turbinas hidrelétricas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui