Corpos de mineiros que morreram na fronteira entre México e EUA são identificados após 5 anos

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A Polícia Federal de Governador Valadares, no Leste do Estado, tenta ajudar a polícia mexicana a identificar 11 corpos de emigrantes que foram encontrados em San Fernando, Tamaulipas, em 2010. Eles estavam entre os 72 cadáveres de pessoas de nacionalidades diversas encontrados em uma fazenda, de um grupo de emigrantes que tentava cruzar a fronteira do México com destino aos Estados Unidos de forma ilegal.

Dentre os cadáveres, quatro foram identificados como sendo de brasileiros, sendo que dois eram do Pará e dois do Leste de Minas, região com alto índice de emigração. Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos, morava em Sardoá e Juliard Aires Fernandes, de 20 anos, em Santa Efigênia de Minas, cidades separadas por uma estrada de terra. Amigos de infância e trabalhadores rurais, foram enterrados dia 2 de outubro de 2010 em Sardoá.

Atualmente ainda restam 11 cadáveres sem identificação pela polícia mexicana. “Solicitamos que pessoas que tenham parentes que viajaram como destino aos EUA de forma ilegal, via México, nas proximidades de agosto de 2010 e que após a saída do Brasil perderam completamente o contato com o parente, se dirigiam a esta Delegacia em Valadares para que possamos subsidiar a polícia mexicana com informações e verificar se é um dos 11 cadáveres não identificados”, diz nota da PF.

Caso

A tragédia ficou conhecida como Massacre de San Fernando e chocou o mundo. No dia 25 de agosto de 2010 o governo do México anunciou a descoberta de 72 corpos de pessoas mortas a tiros em uma fazenda na região de Tamaulipas, que faz fronteira com o estado norte-americano do Texas. O crime foi o maior decorrente de disputas entre os cartéis de narcotraficantes Golfo e Zetas desde a posse do presidente Felipe Calderón, em 2006, segundo o governo mexicano. (Hoje em Dia)

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