Gestores de saúde do Norte de Minas discutem transferência inter-hospitalar de pacientes graves

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Em reunião realizada na manhã dessa quarta-feira, 12/08, em Montes Claros, gestores da saúde dos 86 municípios que compõem a macrorregião Norte de Minas se reuniram com a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros e o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun) para discutir o protocolo de transferência inter-hospitalar de pacientes graves, através das unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Ao dar início aos trabalhos, a superintendente regional de Saúde de Montes Claros, Patrícia Afonso Guimarães, ressaltou que é preciso promover o alinhamento entre as centrais de regulação de Urgência e Assistencial, de forma a garantir que o paciente possa ser assistido com segurança. “As demandas são inúmeras e é importante que todos os gestores conheçam seu papel para que as redes de atenção possam funcionar efetivamente, garantindo a assistência à população”, pondera.

O diretor executivo do Cisrun, Patrick Warner Murta, destaca que o papel do Samu no processo de transferência do paciente é decisivo. “Mas para que a transferência seja efetiva é preciso que o hospital de origem e o de destino estejam alinhados em relação ao protocolo, de forma a garantir o recebimento do paciente, conforme previsto na legislação vigente”, ressalta.

Gestores de saúde discutem transferência inter-hospitalar de pacientes graves – Foto: Jerúsia Arruda / Divulgação / Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Norte de Minas

TRANSFERÊNCIAS INTER-HOSPITALARES

Durante a reunião, o médico coordenador do Samu Macro Norte, Ênius Freire Versiani, apresentou os critérios para transferência de pacientes, definidos pela Portaria nº 2048, do Ministério da Saúde, que regulamenta tecnicamente os Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, e pela resolução do Conselho Federal de Medicina.

De acordo com o coordenador, o Samu realiza transferências de pacientes críticos estabilizados, de forma a não agravar seu estado de saúde e garantindo sua estabilidade e segurança. “Para que essa transferência aconteça de forma segura, é preciso que o hospital de destino esteja previamente avisado sobre a chegada do paciente para preparar a unidade e sua equipe para o acolhimento rápido e eficaz. Além disso, a legislação prevê que após receber o paciente, o hospital deve liberar a ambulância e a equipe do Samu, junto com seus equipamentos, que não poderão ficar retidos em nenhuma hipótese”, explica.

No caso de falta de macas ou qualquer outra condição que impossibilite a liberação da equipe, dos equipamentos e da ambulância, a legislação prevê que a unidade receptora tome as providências imediatas para a liberação ambulância, sob pena de ser responsabilizada pela retenção das mesmas.

Gestores de saúde discutem transferência inter-hospitalar de pacientes graves – Foto: Jerúsia Arruda / Divulgação / Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Norte de Minas

ENCAMINHAMENTO

Ainda durante a reunião foram realizados estudos de casos pontuais e esclarecidas as dúvidas dos gestores. Ficou definida para o dia 10 de setembro uma nova reunião com os diretores clínicos dos hospitais da macrorregião para definir uma linha-guia, orientando como cada hospital de proceder em casos de transferências de pacientes graves. (Jerúsia Arruda)

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