Samu alerta sobre os riscos de acidentes domésticos no período de férias

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As brincadeiras podem esconder riscos e acabar em dor e sofrimento se não forem observados alguns cuidados simples.

O período de férias é uma oportunidade para as crianças ficarem mais tempo em casa, brincar o dia inteiro e criar mil maneiras de se divertir. Mas essas brincadeiras podem esconder riscos, como quedas, queimaduras, intoxicações, afogamento, entre outros, e se não forem observados algum cuidados simples, podem acabar em dor e sofrimento.

De acordo com o Ministério da Saúde os acidentes ou lesões não intencionais são a principal causa de morte entre as crianças de 1 a 14 anos de idade, respondendo por 4,7 mil óbitos e 125 mil internações/ano.

Entre os acidentes domésticos sofridos pelas crianças, as queimaduras estão entre as de maior incidência. Pesquisas mostram que brincadeiras com fósforo, panelas com óleo ou água quente resultam em quase 300 internações hospitalares de crianças, todos os dias, no Brasil.

Os dados são alarmantes, principalmente se levarmos em conta que mais de 90% desses acidentes poderiam ser evitados com medidas de prevenção adequada.

Ênius Freire Versiani, médico coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Norte de Minas (Samu Macro Norte), explica que toda criança necessita de orientação e supervisão para brincar de maneira segura. “Por mais inocentes que pareçam, as brincadeiras podem resultar em acidentes graves, internação hospitalar e até em morte. Se a criança aprende a ter atenção e a adotar atitudes seguras nas atividades, por mais simples e cotidianas que sejam, ela cultivará esse hábito em todas as suas atividades, reduzindo os riscos de se machucarem. Mas é importante que os pais estejam atentos, pois as crianças não são capazes de avaliar esses riscos sozinhas”, alerta.

De acordo com o médico, crianças de todas as faixas etárias incidem em risco e necessitam de supervisão e orientação. “Crianças de até 6 anos precisam de atenção integral e nunca devem ficar sozinhas em casa. Já os pré-adolescentes, de 11 a 12 anos, têm alguma consciência de perigo e responsabilidades, mas não a ponto, por exemplo, de cuidarem da casa ou de outra criança menor”, orienta.

Crianças gostam de brincar, correr, são curiosas, e podem se machucar, muitas vezes gravemente, com fraturas, queimaduras e outras lesões e para prevenir esses acidentes é preciso cuidado e atenção dos pais. “Os cabos das panelas devem ser direcionados para dentro do fogão, evitando que a criança puxe e derrame o conteúdo sobre seu corpo; tomadas devem ser isoladas com protetores de silicone evitando que as crianças coloquem o dedo e levem choque; produtos de limpeza devem ser guardados em armários elevados, fechados, se possível, com chave; piscinas devem ser cobertas com lonas, telas ou grades para evitar os riscos de afogamento; anéis, brincos e moedas podem ser ingeridos por crianças pequenas por isso deve-se evitar deixá-los em locais de fácil acesso”, recomenda o médico.

Para evitar o sedentarismo, Ênius Versiani destaca que o ideal é incentivar as crianças a se divertirem com brincadeiras ao ar livre, como andar de bicicleta e jogar bola. “Mas é importante que elas pratiquem esses esportes em locais próprios e seguros e usem roupas e proteção adequadas, como capacetes, joelheiras e cotoveleiras”, observa.

Caso a criança caia e se machuque, se houver hematomas (galo na cabeça), perda ou alteração da consciência (desmaios), sangramento nasal ou pelo ouvido, vômitos, convulsões e sonolência excessiva, o médico orienta que ela seja encaminhada ao pronto socorro para ser examinada pelo pediatra, que tomará as condutas imediatas necessárias. (Jerúsia Arruda)

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