Empresário de Montes Claros é preso suspeito de envolvimento com fraudes no seguro DPVAT

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Valdemir Cardoso Santana é dono de uma empresa da cidade que trabalha com os pedidos do seguro. Ele está no Presídio de Montes Claros, Norte de Minas

Foi preso na manhã desta sexta-feira, o empresário Valdemir Cardoso Santana investigado pela Polícia Federal por envolvimento na organização criminosa responsável por fraudes no seguro DPVAT. Policias cumpriram mandado de prisão preventiva e encaminharam Valdemir para o Presídio de Montes Claros, no Norte de Minas. O advogado dele, já havia adiantado que o cliente se entregaria à polícia, mesmo a defesa entendendo que não há requisitos que justifiquem a detenção. Valdemir é dono de uma empresa da cidade que trabalha com os pedidos do seguro.

A quadrilha foi desarticulada na “Operação Tempo de Despertar”, desencadeada pela PF e Ministério Público Estadual (MPE) em 13 de abril. Ao todo, foram detidas 41 pessoas, entre policiais militares e civis, médicos, fisioterapeutas, advogados e empresários – donos de empresas criadas para “auxiliar” vitimas de acidente a requerer o seguro. Os prejuízos aos cofres públicos, no período de um ano, apenas no Norte de Minas ultrapassam os R$ 28 milhões. Em todo país, a estimativa é de prejuízos de R$ 1 bilhão.

De acordo com as investigações, as fraudes são praticadas da seguinte forma: quando uma pessoa sofre um acidente simples – uma queda de moto, por exemplo –, ela vai até o pronto socorro. É feito o registro da ocorrência. Orientado por uma empresa, o individuo entra com o pedido do seguro DPVAT na esfera administrativa.

Na sequência, é contratado um advogado que entra com uma ação judicial, pleiteando um valor maior da indenização (o valor máximo é de R$ 13,5 mil), com o argumento de que a pessoa sofreu uma lesão grave, teve a perda de movimento de membros (pernas e braços) ou ficou inválida. Para isso, recorrem a laudo falso de um médico ou fisioterapeuta, também conivente com o esquema. Cada participante da fraude recebe pagamento em dinheiro.

(Fonte: Estado de Minas / Luiz Ribeiro / Luana Cruz)

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