Emater orienta produtores mineiros na implantação de fossas sépticas

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A iniciativa visa evitar a contaminação do solo e lençol freático, além de diminuir o risco de doenças

A Emater-MG tem estimulado produtores rurais a implantarem fossas sépticas em suas propriedades. A iniciativa visa evitar a contaminação do solo e da água. Além disso, as fossas sépticas podem diminuir a incidência de doenças. As fossas sépticas indicadas pela Emater-MG são as que utilizam a tecnologia de tanque de evapotranspiração (Tevap). Esse modelo retém a parte sólida dos resíduos em um sistema fechado e permite a evaporação da água. Na construção do tanque das fossas Tevap são utilizados materiais como brita, areia, entulhos e pneus velhos.

Tamanho do tanque é de 2 metros de largura por um metro de profundidade – Foto: Divulgação/Emater

Para construir o tanque, é feito um buraco que tem as paredes e o fundo impermeabilizados com cimento, evitando que os dejetos entrem em contato com o solo e contaminem o lençol freático. No local devidamente cimentado, são colocados brita, areia, entulhos e formado um túnel com pneus. Essa câmara de pneus é feita no centro do tanque e vai de uma ponta a outra do mesmo.

O tamanho mais comum do tanque é de 2 metros de largura por um metro de profundidade. O comprimento vai variar de acordo com o número de usuários, sendo um metro por pessoa. A primeira fermentação da matéria orgânica acontece dentro do túnel de pneus e a segunda na zona de absorção das raízes de plantas cultivadas sobre a fossa. É a partir desse processo que é possível o tratamento final da água, que só sai do tanque por evaporação e absorvida pelas raízes das plantas.

Em Ouro Branco, região Central de Minas Gerais, a expectativa é que sejam construídas 100 fossas no modelo Tevap até o final do ano. “Com essa iniciativa temos a intenção de despoluir os córregos, evitar a contaminação do solo e lençol freático, reduzir a incidência de doenças que podem ser veiculadas por falta de higiene e, ainda, conscientizar a população em geral sobre a necessidade de cuidarmos melhor de nossos recursos hídricos”, diz o extensionista do escritório local da Emater-MG em Ouro Branco, Paulo Marcelino.

O técnico da Emater-MG ressalta que esse tipo de fossa é mais eficiente que o modelo tradicional (também chamado de fossa negra), que não passa de um buraco no chão onde é depositado o esgoto da residência. Nas fossas negras é mais fácil a contaminação do solo e do lençol freático, pois não há um isolamento seguro, o que permite a infiltração de resíduos de fezes e de urina no solo.

De acordo com a equipe de extensionistas da Emater-MG em Ouro Branco, a construção de fossas sépticas no sistema Tevap é viável para o produtor. A Empresa orienta e oferece todo o suporte técnico para a implantação das fossas nas propriedades. Até o momento já foram implantadas cinco fossas no município de Ouro Branco.

A Emater-MG conta com a parceria da prefeitura de Ouro Branco, que cede a retroescavadeira para a perfuração das fossas sem nenhum custo para os produtores. “Temos empenhado especial esforço em fazer as fossas sépticas nos locais onde o lançamento de efluentes é feito diretamente nos cursos d’água. Nossa intenção é fazer as fossas sépticas por comunidade, em sistema de mutirão, de forma que possamos atingir o maior número de residências”, diz a extensionista do escritório local da Emater-MG, Maria José. (Agência Minas)

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