Anac autoriza voos do Aeroporto da Pampulha para novos destinos nacionais

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Além das capitais do Sudeste, Anac libera novos destinos, como Brasília e Porto Seguro

Depois de a Azul começar a voar da Pampulha para Vitória, na última quarta-feira, e anunciar voos para Brasília e Rio de Janeiro a partir de maio, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) confirmou que já autorizou um voo para Porto Seguro, da Passaredo, e também analisa pedidos de dois voos da Pampulha para Brasília, dessa mesma companhia. Assim, o então aeroporto regional torna-se cada vez mais nacional.

O superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) da Pampulha, Mário Jorge Fernandes de Oliveira, confirma os novos pedidos de rotas nacionais. Segundo ele, atualmente são cerca de 59 voos com cerca de 4.000 passageiros por dia. “Mesmo com esses novos voos para capitais, não haverá necessidade de aumentar a infraestrutura do aeroporto, como novas lanchonetes, por exemplo”, afirma Oliveira.

“A mudança vai atender quem faz viagens rápidas. São poucos voos, em aeronaves pequenas, que não vão afetar Confins”, avalia o diretor de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, José Francisco Salles Lopes, que inclusive já comprou passagens de Brasília para Pampulha, para maio.

Até o mês passado, os únicos voos que saíam da Pampulha para fora de Minas Gerais eram para Cabo Frio (Rio de Janeiro), e para Campinas, Ribeirão Preto e Guarulhos (São Paulo). Os voos com destino a Guarulhos e Cabo Frio serão transferidos para Confins, assim como os voos para Montes Claros, Ipatinga, Governador Valadares e Uberlândia. A transferência está prevista para 11 de maio e faz parte de um rearranjo da malha para contemplar os novos voos.

A reativação dos voos nacionais na Pampulha vai contra o plano do Estado de Minas Gerais de concentrar voos nacionais no aeroporto de Confins. Há dez anos, o governo estadual fez uma campanha para levar os então 130 voos da Pampulha para lá. Na ocasião, a questão da segurança do aeroporto de Confins, mais compatível para aeronaves de maior porte, foi fator decisivo para a transferência.

Em 2007, o plano ganhou força com a portaria 993, pela qual a Anac proibiu que aeronaves com mais de 50 assentos operassem na Pampulha. Também estabeleceu que para sair de Belo Horizonte para outra capital, o avião teria que fazer uma escala dentro de Minas Gerais. Segundo a Anac, essa portaria foi anulada em 2010, pela decisão 49, que definiu que os critérios seriam avaliados caso a caso pela agência e órgãos envolvidos, conforme o pedido das companhias. Os voos atualmente autorizados são para aeronaves de até 70 assentos.

Belo Horizonte ganhou voo da Passaredo para Porto Seguro – Foto: Divulgação

(Fonte: Jornal O Tempo)

2 COMENTÁRIOS

  1. Toda cidade moderna possui 2 aeroportos. Um para grandes aeronaves e voos internacionais, e outro central dedicado à aviação regional e executiva, é o caso da Pampulha. A Pampulha é o primeiro bom exemplo para o Brasil de como se pode desenvolver e privilegiar o setor regional ao criar um Porto Livre para os operadores de turboélices. Acredito que a normativa de uso da Pampulha deveria ser atualizada a fim de permitir a operação de aeronaves turboélices comerciais, no máximo bimotores e capacidade máxima de 90 passageiros. Devemos levar em consideração que a segunda geração de turboélices comerciais terá capacidade de 70 a 90 passageiros, e estes continuarão a efetuar as ligações essenciais de curta duração entre cidades médias e grandes centros. O exemplo de sucesso da Pampulha pode um dia influenciar as autoridades a também permitir que os turboélices não concorram a slots em Congonhas e Santos Dumont, uma vez que poderiam também utilizar as pistas auxiliares sem interferir na operação dos jatos na pista principal. Pampulha Atualizada é 90 Passageiros para osTurboélice!! Saudações,

    • Claudio, muito obrigado pelas informações! Estou totalmente de acordo no que se refere ao aeroporto de Congonhas, e mais, acho que deveria ter vôos Pampulha / Gongonhas diariamente.
      Minha família é da cidade de Almenara e acho um desperdício não ter vôos regulares para nenhuma cidade do Vale de Jequitinhonha. Se houvesse uma vontade política federal e um pouco mais de boa vontade estadual, poderiam melhorar o aeroporto de Almenara afim de receber vôos comerciais pelo menos 5x por semana. Quem sabe um dia, não é!? Grande abraço!

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