Criança de 4 anos morre após ser atingida por TV dentro de escola em Governador Valadares

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Garoto teria pulado no suporte da TV durante uma brincadeira. Ele foi socorrido ao Hospital Municipal, mas não resistiu e veio a óbito.

Uma criança de quatro anos morreu depois que uma televisão caiu sobre ela, na sala de aula, em uma escola municipal de Governador Valadares, no Leste do Estado. Ryan Galvão brincava com um coleguinha da mesma idade e a suspeita é que os dois se dependuraram no suporte onde estava o aparelho que caiu sobre eles. O outro menino sofreu escoriações, mas passa bem. Segundo o secretário Municipal de Educação, Jaider Batista, trata-se de uma fatalidade mas as responsabilidades vão ser apuradas.

Aparelho de TV caiu sobre a criança – Foto: Alex Eller / Grupo em Alerta no WhatsApp

O acidente aconteceu por volta das 15 horas dessa quarta-feira (25) em uma extensão da Escola Municipal Jardim Kennedy, que funciona na paróquia da igreja católica do bairro São Geraldo. O Samu foi acionado, levou as crianças para o Pronto-Socorro do Hospital Municipal (HPS), mas Ryan não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da meia noite. O outro, com cortes e escoriações, foi liberado depois de medicado. Segundo o secretário, Ryan sofreu traumatismo abdominal com rompimento de artéria. A televisão é de tubo (antiga) e tem 20 polegadas.

Os pais de Ryan se mudaram para Valadares há poucos meses, vindos de Guarapari (ES). Eles não falaram com a imprensa. Segundo o secretário de Educação, a mãe contou que foi à escola buscar o filho no final da aula, às 15 horas, e quando ele saiu da sala e a viu, sorriu para ela e saiu correndo atrás de um colega. Logo depois ouviram-se os gritos. “Tudo indica que se dependuraram no carrinho que guarda a TV e estava num cantinho da sala. Não temos a história completa ainda, mas vamos apurar”, prometeu.

O secretário não confirmou, mas de acordo com informações de pais de alunos que estudam na escola, o carrinho estava sem uma das rodas e, portando, desequilibrado. Também denunciam que o Samu demorou mais de 40 minutos para atender ao chamado e que isso pode ter agravado o quadro clínico de Ryan. “É uma televisão antiga e pesada que caiu sobre duas crianças frágeis. Estamos trabalhando com a ideia de acidente, o que não nos desresponsabiliza de averiguar, abrir processo administrativo e levantar toda a situação em que isso ocorreu””, enfatiza Batista.

Conforme o secretário será preciso apurar, entre outros, se o carrinho estava mesmo sem uma roda ou se ela se soltou durante o acidente e porque não tinha um professor ou adulto com eles na sala na hora do acidente. Até o meio dia de hoje o corpo de Ryan ainda não havia sido liberado para velório e sepultamento marcado para as 8 horas desta sexta-feira (27) no Cemitério da Paz, em Valadares, com despesas custeadas pelo município. As aulas na Escola Municipal Jardim Kennedy ficarão suspensas hoje e amanhã (27) retornando segunda-feira (30).

Salas

A Escola Municipal Jardim Kennedy passou a funcionar com duas extensões depois que o seu prédio, localizado no bairro Vila Mariana, sofreu avarias com as chuvas de dezembro de 2013. Ela era feita de placas e foi demolida. Outra escola foi construída em 2014, mas na hora de voltar às atividades a lista de espera era maior à de vagas. Então a administração da Igreja Católica São Geraldo que havia cedido as salas resolveu manter as aulas em suas dependências, como extensão, para atender os excedentes. As salas são são amplas e arejadas e estruturadas para 22 crianças. A de Ryan tinha 15 alunos. Segundo o secretário de Educação, Jaider Batista, acidentes em escolas são incomuns. “Estatísticas apontam que mais 90% das lesões e traumas em crianças ocorrem dentro de casa e nos meses de férias, não na escola. Estatisticamente o lugar mais seguro para as crianças ainda são as escolas”, pondera.

Suporte da TV está sem uma das rodas – Foto: Alex Eller / Grupo em Alerta no WhatsApp

Aparelho de TV caiu sobre a criança – Foto: Alex Eller / Grupo em Alerta no WhatsApp

Sala de aula onde aconteceu o acidente – Foto: Alex Eller / Grupo em Alerta no WhatsApp

(Fonte: Jornal Hoje em Dia)

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