Bandeira tarifária fica mais cara a partir de março

0

Bandeira vermelha, que estará em vigor em março, passa de R$ 3,00 para R$ 5,50. Dilma diz aumentos na energia são passageiros.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (27), em reunião extraordinária, os novos valores para as bandeiras tarifárias, que começam a valer segunda-feira (2).

Com isso, o preço para a bandeira amarela passará de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para R$ 2,50. No caso da bandeira vermelha, o adicional passará de R$ 3 para R$ 5,50. Não há cobrança no caso da bandeira verde. Consumidores do Amazonas, Amapá e de Roraima também não pagam a taxa, pois esses estados não estão plenamente conectados ao Sistema Interligado Nacional. A Aneel também definiu hoje que as permissionárias de distribuição de energia, que até então não tinham aplicação de bandeira tarifária, começam a cobrar o adicional a partir de julho.

O sistema de bandeiras tarifárias, que permite a cobrança de um valor extra na conta de luz de acordo com o custo de geração de energia, entrou em vigor no início do ano. Nos dois primeiros meses de 2015, a bandeira aplicada foi a vermelha, que também deve ser adotada em março, por causa do uso intenso da energia de termelétricas, que é mais cara do que a gerada por usinas hidrelétricas.

A partir da primeira semana de março, a Aneel vai fazer uma campanha nacional para esclarecer os consumidores sobre o sistema de bandeiras tarifárias e estimular o uso consciente e o combate ao desperdício de energia elétrica.

Ainda nesta sexta-feira, a agência aprova os valores do reajuste tarifário extraordinário que deve ser aplicado a todas as distribuidoras de energia do país.

Aumentos na energia são passageiros, diz Dilma

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (27) que o aumento nos preços da energia elétrica é passageiro e motivado pelo período de seca que o país enfrenta. Segundo ela, a substituição das formas de produção de energia em momentos de estiagem, das usinas hidrelétricas para as térmicas ou biomassa, faz com que seja necessário arcar com as despesas das matérias-primas.

“Você só vai a energia térmica, que é mais cara, quando precisar. Nós estamos precisando. Os aumentos nos preços da energia são passageiros, estão [sendo aplicados] em função do fato de que o país enfrenta a maior falta de água dos últimos 100 anos”, justificou. De acordo com a presidenta, a produção de energia hidrelétrica é mais barata, porque não é necessário pagar pela água, diferentemente de itens como o gás, carvão ou biomassa.

Dilma deu as declarações em Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, durante a inauguração do Parque Eólico Geribatu, que vai ser capaz de produzir 250 megawatt de energia. Ela disse que as consequências da seca não significam que o país vai ter qualquer problema sério ou mais sério na área de energia elétrica. “Não iremos ter, porque temos todo um sistema de segurança. Isso também não significa que vamos sair por aí jogando energia pela janela e não consumindo de forma racional.”

Para a presidenta, a parte do governo é garantir a oferta de energia. Em contrapartida, os cidadãos também têm que colaborar evitando o desperdício. “Desperdício zero. Diversificação da matriz mais desperdício zero é a garantia de segurança do país”, afirmou Dilma, antes de citar exemplos: “Não tem por que a geladeira ficar aberta se você não está usando, nem deixar o chuveiro ligado quando não está usando. Não tem por que a gente jogar fora a energia que custa tanto produzir.”

O Parque Eólico Geribatu atenderá o consumo energético de 1,5 milhão de habitantes. Junto com os sistemas de transmissão, foram investidos no parque R$ 2,1 bilhões em recursos públicos e privados. Ao lado dos parques de Chuí e Hermenegildo, compõe o Complexo Eólico Campos Neutrais, o maior da América Latina. (Agência Brasil)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui