Cidades do Vale do Jequitinhonha lideram ranking de destruição da Mata Atlântica

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Jequitinhonha, Águas Vermelhas e Ponto dos Volantes aparecem entre as 10 cidades que mais destruíram o bioma entre 2000 e 2013.

Minas Gerais é o campeão em um triste índice relacionado à preservação do meio ambiente no Brasil. Dois municípios do estado encabeçam a lista dos que mais destruíram a Mata Atlântica na última década. Os dados são da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que pesquisaram os 3.429 municípios situados no bioma.

O estudo apresenta dados consolidados dos últimos 13 anos. Conforme a publicação, a cidade de Jequitinhonha foi a campeã de desmatamento entre 2000 e 2013, com 8.685 hectares. Em segundo lugar, está a cidade de Águas Vermelhas, no Norte de Minas Gerais, que desmatou 6.231 hectares de Mata Atlântica. A lista é composta por 10 municípios brasileiros e ainda conta com uma terceira cidade mineira: Ponto dos Volantes, no Vale do Jequitinhonha. Ela aparece em sexto lugar, com 5.398 hectares de vegetação destruídos nos últimos 13 anos.

Em maio, o SOS Mata Atlântica e o INPE mostraram que Minas liderou, por cinco anos consecutivos, o ranking do desmatamento. Conforme o Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, cinco cidades mineiras figuram entre as dez que mais destruíram o bioma nos últimos dois anos. Além de Águas Vermelhas e Ponto dos Volantes, as cidades de Itinga, Curral de Dentro e Novo Cruzeiro, que ficam nas regiões dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, aparecem no cálculo das perdas da Mata Atlântica entre 2012 e 2013.

Em contraponto, Santana de Pirapama e Buenópolis estão, respectivamente, nas 6ª e 7ª posições na tabela dos municípios onde a vegetação da Mata Atlântica é mais conservada. Ambas têm 88% de vegetação natural.

O levantamento foi feito por meio de imagens capturadas via satélite. O Landsat 8, que monitora o bioma há 28 anos, usa a tecnologia de sensoriamento remoto e geoprocessamento para avaliar os remanescentes florestais acima de 3 hectares. Conforme a Fundação SOS Mata Atlântica, a captação foi prejudicada em algumas regiões por conta da cobertura de nuvens. Uma das mais afetadas é o Nordeste, onde em estados como a Paraíba não foi possível verificar a ocorrência de supressão da mata nativa.

(Estado de Minas)

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