Hospitais superlotados retêm macas do Samu e prejudicam atendimento de emergência

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Em Montes Claros, unidades admitem que usam equipamento por excesso de pacientes

A superlotação nos hospitais de Montes Claros, no norte do Estado, tem prejudicado o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) na cidade. As macas utilizadas pelos socorristas ficam retidas nas unidades de saúde: dentre as 48 disponibilizadas para as ambulâncias, 36 estão sendo usadas para acomodar pacientes de urgência e emergência em instituições como a Santa Casa e o Hospital Universitário.

Ambulâncias ficam paradas por falta de maca – Foto: Reprodução/Inter TV

Sem o equipamento, o socorro aos feridos na cidade fica cada vez mais demorado: uma menina de 12 anos que sofreu um acidente em frente à Santa Casa teve que esperar uma hora para ser levada para o hospital. O Corpo de Bombeiros realizou o atendimento, já que o Samu estava sem a maca. O socorrista Marcus Vinícius de Oliveira lamenta as dificuldades. “Sem a maca, infelizmente nosso atendimento fica completamente prejudicado.”, disse.

A falta do item básico na ambulância está diretamente ligada ao excesso de pacientes nos hospitais, que rotineiramente trabalham acima da capacidade. Por isso, as macas são enviadas para o local e não retornam. Para Ana Paula Nascimento, secretária de saúde do município, o problema é a grande demanda de pacientes. “Nós temos responsabilidade do atendimento de 86 municípios, então ocorre que casos clínicos que poderiam estar sendo tratados acaba sobrecarregando nossa rede.”, explica a Secretária.

Já a coordenadora da central de leitos, Raquel Borges, culpa a má gestão dos hospitais pelo problema. “Ocorre que a administração hospitalar não tem direito de reter essa maca.”, reclama.

A Santa Casa confirmou, por meio de nota, que funciona com o dobro da capacidade. Imagens gravadas por uma câmera escondida mostram o pronto-socorro do local lotado, com pacientes nos corredores. O Hospital Universitário também afirmou que retém as macas devido ao excesso de pessoas. (R7)

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