Secretaria de Saúde descarta suspeita de paciente infectado com ebola em Viçosa

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Hospital São Sebastião foi isolado nesta segunda-feira. Órgãos de saúde descartaram a possibilidade de infecção por ebola e nem chegaram a tratar o caso como suspeito.


O Hospital Municipal São Sebastião, em Viçosa, na Zona da Mata de Minas Gerais, foi isolado por quatro horas, nesta segunda-feira, 27 de outubro, após a suspeita de ebola em um paciente de 24 anos. Pacientes e funcionários chegaram a ficar impedidos de sair da unidade de saúde até o descarte da doença pela Secretária de de Estado de Saúde (SES).

Segundo o secretário municipal de saúde, Sérgio Norfino, a suspeita caiu sobre um paciente – um estudante de pós-graduação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que chegou neste domingo (26) dos Estados Unidos. Ele apresentou febre alta após contato com um grupo do Senegal (África), em uma conferência em Nova Iorque.

Hospital São Sebastião, em Viçosa, registra caso suspeito de Ebola – Foto: Google Street View

O hospital foi lacrado no início da noite, por orientação da direção do hospital e da Vigilância Sanitária Municipal, para evitar uma eventual propagação do vírus, que já matou mais de 4.900 pessoas no mundo, principalmente na Libéria (África). Todos os atendimentos foram suspensos, inclusive de emergência. Quem está na unidade não pode sair e quem buscou atendimento não pode entrar no local. A liberação do Hospital Municipal São Sebastião só ocorreu por volta das 21h20.

Apesar da confirmação do isolamento pelo hospital, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que a Vigilância Sanitária de Minas estava ciente da situação, mas descartou a possibilidade de contágio por ebola. A Pasta confirmou que o paciente chegou a ficar em observação e isolado. Segundo Sérgio Norfino, o jovem recebeu alta horas depois, mas terá seu quadro clínico monitorado por infectologistas da cidade.

Este foi o primeiro caso suspeito da doença em Minas Gerais. Na semana passada, um hospital em Brasília (DF) também chegou a ser interditado devido o alerta para o ebola, mas a enfermidade foi descartada. A mesma situação se repetiu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Paraná, em 16 de outubro. Um outro alerta também foi registrado no Rio de Janeiro, com um guineano, mas também não confirmado.

Plano de Contingência

O protocolo mineiro para enfrentar a ameaça do vírus ebola foi apresentado em 14 de agosto, após reunião do Comitê Estadual de Emergência em Saúde, formado por representantes do Ministério da Saúde, governo do Estado e municípios, além de instituições privadas do setor.

O plano de contingência em Minas Gerais prevê a vigilância da entrada no país de pessoas com febre procedentes da Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria. Além disso, se o caso ocorrer em Belo Horizonte, a orientação é notificar imediatamente o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-BH).

Em outros municípios, deve ser notificado o Cievs-Minas. O paciente será transferido para o Hospital Eduardo de Menezes, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas.

Na região metropolitana, o transporte do paciente ficará a cargo do Samu. Nas demais cidades, o transporte aéreo será feito pelo Corpo de Bombeiros. A logística de transferência e internação será operada pelo Cievs.

Devido ao risco de contaminação, o profissional de saúde deve utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI). As informações são do Jornal Hoje em Dia.

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