Militar é condenado a 16 anos de prisão pela morte de despachante em Montes Claros

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Julgamento terminou no fim da tarde desta quinta-feira (18). Despachante Chiquinho foi morto em 2009.

Terminou no fim da tarde desta quinta-feira (18), no Fórum de Montes Claros (MG), o julgamento de Laércio Soares de Melo, conhecido como cabo Melo. O militar foi condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato de Francisco dos Santos Filho, o despachante Chiquinho.

O acusado chegou ao Fórum Gonçalves Chaves por volta de 8h45, acompanhado do advogado de defesa, e não quis falar com a imprensa.

O julgamento ocorreu após 4 anos e 9 meses desde que o despachante Chiquinho desapareceu em Montes Claros. O inquérito concluiu que ele foi assassinado pelo policial, que está preso desde março de 2012, em Belo Horizonte. Melo foi absolvido pelo crime de ocultação do cadáver.

Cabo Melo, condenado por matar Chiquinho Despachante (Foto: Jucilene Magalhães/ G1)

O advogado de defesa, Ernesto Queiroz de Freitas, afirmou que as acusaões não procedem e vai recorrer da sentença. “Nem falamos em inocência, a acusação é que não é verdadeira, porque as provas dos autos dizem claramente que houve um desaparecimento voluntário por parte do senhor Francisco”, disse.

A família de Francisco dos Santos Filho não ficou satisfeita com a sentença. “Não alivia nada para nós, esperávamos justiça, porque a dor é muito grande”, disse Laudir Lúcia Rabelo, mãe da vítima.

A acusação apresentou provas contundentes contra o cabo Melo. “Temos provas que a tecnologia nos trouxe, e hoje temos, infelizmente, a certeza que Chiquinho se ausentou desse mundo no dia 30 de dezembro, e vamos provar isso aqui”, disse o advogado Hélio Soares Ribeiro.

Entenda o caso

Chiquinho desapareceu no dia 30 de dezembro de 2009, quando teria ido para um sítio, próximo a Lagoinha. De acordo com as investigações, a vítima saiu de casa na companhia do militar.

O cabo Melo chegou a afirmar que Chiquinho estava vivo, e em janeiro de 2012 afirmou que era amigo pessoal da vítima e tinha certeza que ele iria aparecer até as eleições daquele ano.

Manifestação silenciosa

Na porta do Fórum amigos e familiares se reuniram com faixas e cartazes, com fotos e pedidos de justiça. Um pastor estava presente e todos fizeram uma oração antes de entrar.

Amigos e familiares oraram na porta do Fórum (Foto: Jucilene Magalhães/ G1)

(Inter TV Grande Minas)

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