UFVJM apresenta medidas para reduzir danos ambientais ao Parque Estadual do Biribiri

0

Projeto de pavimentação e drenagem foi apresentado pela reitoria. Universidade foi notificada pelo Ministério Público Federal sobre impactos de degradação em área de preservação.

A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) informou, nesta quinta-feira (18), que realizará uma série de intervenções de caráter paliativo para diminuir os impactos causados pela universidade no Parque Estadual do Biribiri, em Diamantina, região Central do Estado. As medidas foram divulgadas depois que o Ministério Público Federal (MPF) pediu, nessa quarta-feira (17), que a universidade corrigisse os danos ambientais provocados no parque, sendo o local uma unidade de proteção integral que integra a Reserva da Biosfera do Espinhaço.

Segundo o MPF, o campus da UFVJM de Diamantina, foi implantado próximo ao parque, no trecho em que ambos margeiam, a leste e oeste, a BR-367, na altura do km 582. Conforme o MPF, desde 2012, órgãos ambientais estaduais vêm detectando a ocorrência de processos erosivos do solo na área do campus, nas proximidades da antiga estação de tratamento de esgoto. De acordo com fiscais do Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais, a erosão decorre da inexistência de uma rede de drenagem pluvial adequada.

Com isso, areia e terra decorrentes desse processo erosivo são carreadas para o interior do parque, assoreando o Córrego do Chacrinha, que deságua no Córrego da Roda e em seguida no Córrego Soberbo, formando a Cachoeira dos Cristais, um dos principais pontos de visitação turística da unidade.

O laudo produzido pelo NUFIS-JEQ registra que a pavimentação e a construção de edificações no campus levaram ao aumento progressivo da área impermeabilizada, causando o aumento significativo do volume de água das chuvas, e a consequente ineficiência das estruturas de captação e condução, que foram projetadas para absorver carga hidráulica menor.

Para atenuar os danos ambientais causados ao parque, a UFVJM definiu, em conjunto com a gerência do Parque Estadual do Biribiri e com a assessoria técnica da Supram Jequitinhonha durante reunião para discutir o assunto, as seguintes intervenções:

– Retirada imediata da areia alojada entre o asfalto e a cerca da UFVJM e plantio de espécies vegetais adequadas, com adubação específica e assistência técnica especializada da própria Universidade;

– Nivelamento e plantio de grama para cobrir o solo e melhorar a absorção de água dentro da Universidade.

Além dessas ações imediatas, a UFVJM se comprometeu a elaborar um projeto de intervenção no interior da Unidade de Conservação, com a colocação de “barreiras” no percurso da água, dentro do prazo de 30 dias, a ser encaminhado à gerência do Parque do Biribiri para análise e anuência. Ficou ainda definida a realização de um monitoramento contínuo da área no período das chuvas para avaliação e de uma vistoria conjunta na área para análise dos impactos causados, para que seja feita a proposição de medidas compensatórias e avaliar as possibilidades, em parceria com o IEF, de reparação dos danos.

Como solução definitiva do problema, o Pró-Reitor de Administração da UFVJM, Prof. Paulo César de Resende Andrade, apresentou ainda o projeto de pavimentação e drenagem da universidade, que foi encaminhado para licitação. A planta contempla uma rotatória dentro do Campus JK, onde serão instaladas duas alças viárias (planta baixa anexa) no nível da rodovia que também servirão como uma barreira impedindo o carreamento de resíduos sólidos para o Parque. O projeto prevê também a instalação de caixas de contenção em todas as ruas – procedimento que contemplará o Campus inteiro. As obras têm início previsto para janeiro de 2015. (Informações do Jornal Hoje em Dia)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui